Vol. IX nº 67, abril de 2016

25 de abril de 2016 Editoriais

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A edição de abril de 2016 da Questão de Crítica, nosso nº 67, vem com a comemoração dos 8 anos de atividades da revista. Para celebrar o ciclo, realizamos uma edição que tem a crítica de teatro como tema central.

A seção de estudos tem cinco textos dedicados ao assunto, que apresentam férteis atravessamentos. Mariana Barcelos escreve sobre a autoria e sua ressonância na história da crítica teatral no Brasil, com apontamentos sobre o (nosso) atual cenário da crítica teatral estabelecida na internet. Daniele Avila Small faz uma reflexão sobre os desdobramentos do livro O crítico ignorante no artigo intitulado “Crítica de artista” propondo a troca de ensaios epistolares entre artistas como alternativa de interlocução crítica. Patrick Pessoa escreve um ensaio dialógico em que descreve uma conversa com o ator japonês Ryunosuke Mori – texto que integra o livro 3º Encontro Questão de Crítica, que será lançado em maio deste ano. Thiago Herzog analisa o modelo da crítica teatral jornalística de Sábato Magaldi nos anos 50 para pensar disputas, jogos de força e estratégias que levaram à consagração de determinada fórmula. Diego Reis escreve sobre o diagnóstico de esvaziamento e perda de força com que se depara a crítica teatral com a redução do espaço de publicação impressa e com o lugar de estabilidade entre o cânone e o consenso que parece caracterizar os exercícios críticos recentes.

Publicamos ainda um artigo em inglês do crítico português Rui Pina Coelho sobre a função da crítica e a era da Internet, no qual ele reflete sobre a aproximação entre as áreas (tradicionalmente distintas) da crítica, da criação e da dramaturgia, e as práticas que têm proporcionado esses avizinhamentos.

A seção de estudos conta ainda com a resenha de Kil Abreu para o livro mais recente de Edélcio Mostaço, Soma e Sub-tração: territorialidades e recepção teatral. Kil investiga os modos como Edélcio discute a recepção teatral à luz do  teatro brasileiro moderno e contemporâneo, e também como o autor se insere e opera  o trânsito entre diferentes gerações de críticos teatrais do país. Publicamos também um artigo de longo fôlego de Luiz Felipe Reis sobre Stifters Dinge, de Heiner Goebbels, que esteve em São Paulo em 2015 na MITsp.

Na seção de críticas, analisamos três peças cariocas, um espetáculo da cidade de Natal, uma peça de Belo Horizonte e cinco peças que estrearam em São Paulo.

Do Rio de Janeiro, Renan Ji escreve sobre Labirinto, espetáculo dirigido por Daniela Amorim com dramaturgia de Alexandre Costa e Patrick Pessoa. Pedro Kosovski escreve sobre Mamãe, solo de Álamo Facó, com dramaturgia dele, que também assina a direção com Cesar Augusto. João Cícero escreve sobre a montagem de Abajur lilás, de Plínio Marcos, dirigida por Renato Carrera. Jacy, do Grupo Carmin, de Natal, que esteve em cartaz no Rio e agora circula com o Palco Giratório também tem crítica de João Cícero. Caesar, montagem de Roberto Alvim que também esteve em cartaz no Rio, tem crítica de Dinah Cesare. Luciana Romagnolli escreve sobre Real – Teatro de Revista Política, do Grupo Espanca!, de Belo Horizonte.

O crítico português Jorge Louraço, que esteve recentemente em São Paulo, escreve sobre duas montagens paulistas, Teorema 21, criação mais recente do Grupo XIX de Teatro e Cais ou Da indiferença das embarcações, peça de Kiko Marques, da Velha Companhia. Luciano Gatti escreve sobre Mauser de Garagem, de Heiner Müller, montagem da companhia Les Commediens Tropicales. Edélcio Mostaço escreve sobre Cabras – Cabeças que rolam, cabeças que voam, trabalho mais recente da Cia. Balagan, encenação de Maria Thaís.

Na seção de conversas, Marco Vasques e Rubens da Cunha, editores do Caixa de Ponto – Jornal Brasileiro de Teatro, entrevistam Marcio Abreu, diretor da companhia brasileira de teatro.

Como parte do nosso projeto de colaborar para a internacionalização do teatro e do pensamento crítico no Brasil, publicamos traduções para o inglês de três textos da equipe de críticos da revista. São eles: uma crítica de Patrick Pessoa a partir de Ilíadahomero de Octavio Camargo; um artigo de Renan Ji e de Mariana Barcelos sobre o FIAC – Festival Internacional de Teatro de Salvador de 2015; e um texto de Daniele Avila Small sobre duas peças latino-americanas de teatro documentário. Ainda publicamos versões em inglês das críticas que escrevemos por ocasião da 3ª MITsp, realizada em São Paulo em 2016. Os integrantes da Questão de Crítica fizeram a cobertura do festival como parte da DocumentaCena – Plataforma de Crítica. Os espetáculos analisados são: Cinderela e Ça ira, de Joël Pommerat, Cidade Vodu do Teatro de Narradores, Still Life de Dimitris Papaioannu, An Old Monk de Josse de Pauw e (A)polônia de Krzysztof Warlikowski.

A seção de traduções também conta com mais um texto do encenador alemão (que teve um texto publicado na nossa edição de dezembro de 2015) Heiner Goebbels, “Pesquisa ou ofício? Nove teses sobre educação para futuros artistas performativos”, a tradução é de Luiz Felipe Reis. Publicamos ainda a segunda peça da Trilogia da Revolução, de Santiago Sanguinetti: Sobre a teoria do eterno retorno aplicada à revolução no Caribe, com tradução de Diego de Angeli. A primeira peça da trilogia também já foi publicada por nós, na edição de maio de 2015.

Disponibilizamos recentemente alguns vídeos de conversas com artistas no nosso canal no Vimeo. Assista em vimeo.com/questaodecritica.

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Questão de Crítica

A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

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