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Diário de uma atriz em confinamento e em criação

30 de junho de 2020 Processos

Fui investigar agora e vi que começamos a nos falar, eu e Mauro Schames, sobre qualquer coisa aleatória, em 18 de março. Eu estava em casa, já em quarentena, desde o dia 16. Já tínhamos nos visto umas 4, 5 vezes. Temos as mesmas agentes. Já nos vimos em cena. Não éramos amigos. No dia 18 de março um perguntou pro outro:

– E você, tá bem de quarentena?

No dia 02 de abril já tínhamos lido pela primeira vez o texto A história dos ursos pandas (contada por um saxofonista que tem uma namorada em Frankfurt) de Matei Visniec, proposto pelo Mauro, cada um na frente do seu computador. Logo pintou um primeiro edital e nós dois batemos a cabeça fazendo testes de como iríamos nos filmar para propor esse texto ao edital do Itaú Cultural, que tinha inscrições abertas entre 06 a 10 de abril. Depois de algumas tentativas mal sucedidas de filmagens de trechos de cenas da peça, Mauro sugeriu sabiamente Bruno Kott para a direção. Eu nunca tinha ouvido falar nele e descobri, depois, que ele já havia me visto em cena. Bruno e eu nunca nos encontramos pessoalmente. E isso é incrível.

Towards an Anatomy of Images

24 de dezembro de 2015 In English, Traduções e

Vol. VIII n° 66 dezembro de 2015 :: Download complete pdf file

Abstract: This article examines a production of Swedish playwright Sara Strindberg’s Anatomy of a Snowfall (Dissekering av ett snöfall),[1] staged by Bim Verdier in São Paulo, Brazil in 2015, in terms of the play’s proposals and the production’s relationship to several other plays staged in the city at the same time (two adaptations of Strindberg’s Miss Julie and one of Chekhov’s Three Sisters.) Issues dealt with involve gender as raised by the central character of the play in question, Queen Christina of Sweden, as well as formal staging strategies that determine the production of images and how these are received in the viewer’s imagination.

Keywords: Swedish drama, feminine gender, theatrical reception

 

The Bim Verdier production of Sara Stridberg’s play Anatomy of a Snowfall, which counted with support from cultural institutions in Sweden, premiered January 2015 at SESC Belenzinho.[2] However, we can begin our analysis by situating this production in context of several related projects that preceded it, as issues brought up in these other productions help us think about the piece in question.

The production was realized as part of an international exchange between Brazil and Sweden, with meetings and rehearsals held in both Uppsala and São Paulo. In the creative team, the director (who was also one of the actors) is of Swedish origin, but lives in Brazil. The other actors are Brazilian and the technical team (responsible for scenery, lighting, costumes and videos), Swedish.

Para dissecar as imagens

28 de maio de 2015 Críticas

 

Foto: João Caldas.
Foto: João Caldas.

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Vol. VIII nº64, maio de 2015.

Resumo: O texto pretende analisar a peça Dissecar uma nevasca, da dramaturga sueca Sara Stridsberg, encenada por Bim de Verdier em São Paulo no ano de 2015, a partir das premissas do espetáculo e em relação a outras peças apresentadas na cidade na mesma época. Os assuntos abordados tratam da questão de gênero suscitada pelo personagem central da peça, a Rainha Cristina da Suécia, e das estratégias formais da encenação na lida com a produção de imagens na imaginação do espectador.

Diário de bordo de uma atriz

22 de dezembro de 2014 Processos

Vol. VII, nº 63, dezembro de 2014

Resumo: Diário de bordo e reflexões da atriz Nicole Cordery sobre o processo de ensaios da peça Dissecar uma nevasca, de Sara Stridsberg, dirigida pela sueca Bim de Verdier, desde abril de 2014. Descrição das diferentes etapas do processo de ensaios feitos no Brasil e na Suécia, e do poder da ação do tempo nesse processo.

Palavras-chave: teatro, dramaturgia sueca, elenco brasileiro, ensaios no Brasil, ensaios na Suécia, Sesc Belenzinho, Uppsala, Wik, Dissecar uma nevasca, Dissekering av ett snöfall

Résumé: Journal de bord et pensées de la comédienne Nicole Cordery autour du travail et des répétitions du spectacle Disséquer une Tempête de Neige, de Sara Stridsberg, mise en scène par Bim de Verdier, depuis Avril 2014. Description des diverses étapes de la production et des répétitions réalisées au Brésil et en Suède, suivi d’une discussion du pouvoir et de l’action du temps sur ce projet.

Mots-clé: théâtre, dramaturgie suédoise, troupe brésilienne, répétitions au Brésil, répétitions en Suéde, Sesc Belenzinho, Uppsala, Wik, Disséquer une Tempête de Neige, Dissekering av ett snöfall

Intraduzível

22 de fevereiro de 2012 Críticas
Nicole Cordery. Foto: Tatiana Farache.

O diretor Felipe Vidal, que já havia montado a peça Tentativas contra a vida dela, de Martin Crimp, continua sua relação com o autor inglês montando Duplo Crimp. Este é um projeto composto de duas peças, O campo e A cidade, ambas traduzidas por Daniele Avila Small, e que estiveram em cartaz no Teatro Gláucio Gill de 13 de janeiro a 13 de fevereiro.

É inevitável estabelecer, primeiramente, a ordem destas em relação a Tentativas. Sendo um marco na carreira e no estilo de Crimp, Tentativas fundamentou elementos dramatúrgicos que podem ser vistos em iminência na peça O campo e já bem explorados em A cidade. Vamos nos ater especialmente na construção das identidades de seus personagens e das questões postas aos atores para interpretá-los.

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Questão de Crítica

A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

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