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Os fofos encenam o popular

30 de junho de 2014 Críticas

Vol. VII, nº 62, junho de 2014

RESUMO: O texto pretende estabelecer pontos de aproximação e de afastamento que o espetáculo Assombrações do Recife Velho estabelece com a noção tradicional de cultural popular. Esta noção, por sua vez, possui ela mesma dificuldades de definição, e a peça da companhia Os Fofos Encenam se insere precisamente como ponto de articulação dessas questões.

Palavras-chave: Os Fofos Encenam; Gilberto Freyre; Cultura popular.

ABSTRACT: The essay’s intention is to establish elements on the play Assombrações do Recife Velho in which we will find moments of convergence and divergence from the traditional notion of popular culture. In its turn, this notion presents itself difficulties concerning its own definition. The play by the Brazilian theatre company Os Fofos Encenam shows us an interesting articulation of these questions.

Key-words: Os Fofos Encenam; Gilberto Freyre; popular culture.

Leitura inscrita no espaço da cena

21 de maio de 2011 Críticas
Luciana Lyra e Carlos Ataíde. Foto: Divulgação.

Em Memória da cana, a direção e a adaptação de Newton Moreno traçam uma linha sinuosa entre o Rio e o Recife, re-emoldurando as imagens do Álbum de família de Nelson Rodrigues, colocando o autor num contexto menos urbano, mais próximo às imagens de um determinado Nordeste – que nada tem em comum com o Nordeste limpo e colorido, de festa junina, que se vê com mais frequência aqui no Rio, como, por exemplo, em montagens de textos de Ariano Suassuna. O Nordeste de Memória da cana é ocre, tem cheiro de terra e de gente. A questão seminal da pesquisa do grupo Os Fofos Encenam nesse projeto parece ser a investigação, neste texto, das raízes pernambucanas do autor carimbado carioca. Com embasamento teórico e historiográfico, os artistas-criadores lançaram mão de suas memórias e de sua filiação nordestina para reescrever esse Nelson com caligrafia própria.

Tensão entre o insinuado e o sublinhado

26 de fevereiro de 2010 Críticas
Atrizes: Rita Elmôr e Millene Ramalho. Foto: Marcos Souto Soares.

Através de uma estrutura oscilante entre a narração dos fatos e a encarnação das personagens, Newton Moreno aborda em Agreste (rebatizado de Agreste Malvarosa, subtítulo do texto, segundo o próprio autor) a sexualidade pela via do afeto e o desconhecimento do corpo, evideciados por meio da história de um casal unido há mais de 20 anos até que a morte de um deles suscita uma revelação que descortina a ignorância furiosa dos moradores de um isolado vilarejo no sertão.

Um teatro assombrado por belezas

10 de dezembro de 2008 Críticas
Foto: divulgação.

Um dos espetáculos mais concorridos do 11º Festival de Teatro do Recife, realizado mês passado, foi Assombrações do Recife Velho. Mesmo a apresentação sendo à noite, houve filas se formando em frente ao teatro Armazém desde o princípio da tarde. Há boas razões para este interesse. A primeira: o tema. A montagem é baseada em um livro homônimo de uma das maiores personalidades do Estado  pernambucano, o escritor Gilberto Freyre. A segunda: A companhia  Os Fofos Encenam, que assina a montagem, é de São Paulo, mas boa parte de seu elenco e o seu diretor  Newton Moreno são de Pernambuco.  A terceira: a peça, até então, não havia se apresentado em Recife.

VemVai – O Caminho dos Mortos

20 de março de 2008 Conversas
Foto: divulgação.

Esta conversa foi realizada no dia 1º de março de 2008, durante a breve passagem da Cia Livre pelo Rio de Janeiro. A diretora Cibele Forjaz conta a trajetória da montagem do VemVai, fazendo um relato importante sobre o período de pesquisas do grupo e explicitando como isto se deu na prática, como a pesquisa e a cena estão intrinsecamente conectadas. Num segundo momento, os integrantes da Cia Livre falam sobre o lugar do VemVai na trajetória do grupo, seus pontos em comum com os outros espetáculos e suas características particulares. Falamos ainda sobre a relação da peça com o público carioca e com um público mais específico, a crítica.

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Questão de Crítica

A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

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