Os fofos encenam o popular

Crítica da peça Assombrações do Recife Velho, da companhia Os fofos encenam

30 de junho de 2014 Críticas

Vol. VII, nº 62, junho de 2014

RESUMO: O texto pretende estabelecer pontos de aproximação e de afastamento que o espetáculo Assombrações do Recife Velho estabelece com a noção tradicional de cultural popular. Esta noção, por sua vez, possui ela mesma dificuldades de definição, e a peça da companhia Os Fofos Encenam se insere precisamente como ponto de articulação dessas questões.

Palavras-chave: Os Fofos Encenam; Gilberto Freyre; Cultura popular.

ABSTRACT: The essay’s intention is to establish elements on the play Assombrações do Recife Velho in which we will find moments of convergence and divergence from the traditional notion of popular culture. In its turn, this notion presents itself difficulties concerning its own definition. The play by the Brazilian theatre company Os Fofos Encenam shows us an interesting articulation of these questions.

Key-words: Os Fofos Encenam; Gilberto Freyre; popular culture.

Os Fofos encenam o popular

“ah! se eu pudesse
só por um segundo
rever os portões do mundo
que os avós criaram”
Siba e Fuloresta, Vale do Jucá.

Luciana Lyra, Maria Stella Tobar, Marcelo Andrade e Katia Daher. Foto: Ligia Jardim.

Meu contato com o trabalho da companhia Os Fofos Encenam é bastante restrito; no entanto, os dois espetáculos a que assisti — Memória da cana, em 2011 no CCBB-RJ, e Assombrações do Recife Velho, no Festival Cena Brasil Internacional deste ano — imprimiram forte marca na minha história de espectador. Poderia introduzi-los falando da experiência de imersão que proporcionaram ao público, por meio de uma cenografia circular, que se fecha em si mesma, na qual o público se situa em meio aos próprios atores e ao desenvolvimento da cena. Sentávamos nos cômodos da casa-grande de Memória da cana e víamos de perto a dissolução trágica da família nelsonrodriguiana; em Assombrações do Recife Velho, ficávamos como que acocorados no meio-fio da Rua do Encantamento, sobressaltados com os fantasmas de uma Recife arcaica e esquecida.

Nessas duas peças, a dramaturgia provoca o sensorial, brincando com as nossas expectativas e o nosso medo (esse sentimento tão pouco tratado pela crítica). Lembro da figura assustadora de Nonô, sugerida por barulhos que vinham junto ao sopro do vento no canavial de Memória da cana. Da mesma maneira, a entrada demônica do colonizador holandês, em Assombrações do Recife Velho, certamente me impressionou a ponto de impedir qualquer postura blasé de intelectual. Nessas vivências, observo a capacidade do teatro de ainda abalar — de demover e não tanto comover — as estruturas da fruição estética, surpreendendo, “assustando”, mexendo com os brios do público.

Por outro lado, a sensorialidade desses trabalhos está presente também nos cheiros, na música, na cenografia, no corpo e na linguagem dos atores. Apesar de tais aspectos correrem o risco de constituírem um exotismo de superfície, vejo que eles são produto de uma investigação refinada da cultura nordestina, que parece misturar a pesquisa acadêmica com a vivência pessoal do ator e com a realidade do palco. De fato, os dois espetáculos em questão partem da obra do sociólogo Gilberto Freyre — Memória da cana dialoga esteticamente com o famoso livro Casa Grande e Senzala e Assombrações do Recife Velho se debruça sobre as narrativas do livro homônimo de Freyre —; contudo, apesar dessa forte inspiração acadêmica, a mediação do dramaturgo e diretor Newton Moreno assume concretude na caracterização e nas escolhas dramatúrgicas, resultando numa absorção orgânica do tema popular à dramaturgia e ao trabalho dos atores. Em Assombrações…, por exemplo, a festa ou a “brincadeira” liderada por Frei Caneca mostra os atores coletivamente tocando instrumentos musicais, interagindo com a plateia e improvisando o folguedo; mas, em meio a tudo isso, percebi detalhes de corpo e voz em vários atores (em Katia Daher, Luciana Lyra e Paulo Pontes, por exemplo), que demarcaram uma aderência pessoal àquele contexto cultural. Nessa perspectiva, a cultura popular parece receber aqui um tratamento para além do exótico, surgindo a tentação de usar o termo “autêntico” para o trabalho d’Os Fofos, na medida em que se procurar exaltar a qualidade estética e o enraizamento nordestino dos espetáculos.

No entanto, cabe-nos sempre questionar: o que é o “popular”? De que cultura se fala quando mencionamos manifestações à margem das grandes urbes, da tradição das belas artes, da tecnologia de ponta, da cultura pop? Como definir, positivamente, o fenômeno da cultura popular? Alimentando-se por vezes da cultura de massas (que lhe banaliza e atenua certos caracteres) e sempre de costumes e raízes folclóricas de origem difusa, o popular é essa categoria que quase sempre se instaura na iminência de seu desaparecimento, frente à pregnância cada vez maior da vida urbana e das práticas socioeconômicas subjacentes a ela. O desafio está precisamente em entender o que constitui esse “vestígio”, esse elemento que sempre resiste em meio à quase onipotência da indústria cultural. O que é precisamente o popular, e o que faz o teatro que o resgata, o preserva ou ainda o reencena, é a questão central que desejo colocar. É nesse sentido que o conceito de cultura popular e, principalmente, o de “autenticidade” aparecem para mim como questão não resolvida, que parece se colocar inevitavelmente na recepção do trabalho d’Os Fofos, na medida em que buscam não só a ambientação, mas também a sensibilidade e a estética da cultura popular nordestina.

Na discussão sobre o popular, Assombrações do Recife Velho se presta mais a essa reflexão do que Memória da cana. Neste último espetáculo, a confluência da obra de Nelson Rodrigues com o universo de Casa grande e senzala resulta na junção de dois universos popularescos — o mítico-melodramático e o nordestino escravista — que se autoiluminam acusando criticamente um ao outro, o que confere certa autonomia referencial no que tange ao popular. A cultura popular é como que revestida de um manto negro de interdições e tabus, revelando um forte e obscuro parentesco entre as antigas estruturas patriarcais do nordeste e o declínio ritualístico da figura paterna nelsonrodriguiana. Como afirma Daniele Avila Small (SMALL, 2011), o cotidiano nordestino revelado por Memória da cana está longe de ser o da festa junina, colorido e alegre, e nessa operação de curto circuito entre nordeste e Nelson Rodrigues surge um nordeste inaudito e terrífico. Por vias tortuosas, um aspecto recalcado e enraizado do nordeste surge na sua forma mais pungente, através do exorcismo ritual subjacente ao texto nelsonrodriguiano.

Por outro lado, em Assombrações do Recife Velho, a intenção de resgate da cultura popular é mais aberta, com a dramaturgia calcada das narrativas orais que constituem o imaginário da cidade de Recife. Em comparação com Memória da cana, parece ser um investimento supostamente sem mediações na cultura nordestina. O risco do exótico inclusive se faz mais forte, com os tradicionais folguedos de praça, os diálogos espirituosos, o apelo ao cômico em algumas expressões linguísticas locais, o café com doce de banana servido no meio do espetáculo. O clima de contação de “causos” da peça, ressaltando a figura do narrador como elemento essencial do enredo, reflete a natureza oral das histórias tradicionais. Por outro lado, a presença muitas vezes literal do texto de Gilberto Freyre se torna bastante significativa, na medida em que o sociólogo, na sua obra Assombrações do Recife Velho, investiu todo seu talento literário na tentativa de reproduzir o encanto narrativo original das histórias coligidas. Dessa forma, não tanto por trazer à tona um nordeste mais clicherizado e conhecido pelo senso comum, e sim por representar uma tentativa de conexão mais direta com as narrativas populares e seu cotidiano, é que Assombrações… surge com mais visibilidade na questão da relação possível com a cultura popular e o respectivo acesso a ela.

Contudo, há que se observar alguns pontos: Assombrações do Recife Velho, de Gilberto Freyre, é um livro que registra histórias coletadas de diversas fontes por variados agentes. Em arquivos policiais, crônicas da cidade, notícias de jornal ou relatos pessoais da gente antiga, casos pitorescos ou assombrosos eram reunidos por intermediários mais ou menos distantes do universo popular e enviados a Freyre. Este, de acordo com prefácio de José Geraldo Nogueira Moutinho, utiliza-se mais de sua verve de escritor que de sociólogo para dar vida aos casos de assombração. Porém, eis algo que é digno de nota: o que “dá vida” àquelas histórias é precisa e primeiramente, o talento literário de Gilberto Freyre. Na verdade, a tomar como verdadeiras as afirmações no prefácio de 1951 escrito pelo autor, existem tantas fontes e colaboradores no livro que acabamos com um labirinto sem fim de referências e origens, por sua vez reorganizadas pelo autor de Casa grande e senzala. O que quero ressaltar nesse fato é que inevitavelmente existem gaps, mediações, releituras e transfigurações nas narrativas populares de Assombrações do Recife Velho, dada a grande quantidade de “tradutores” e de fontes. Não há um acesso direto às fontes da cultura popular, e sim um emaranhado de relatos e versões que mantêm difusa a origem, se é que é possível haver uma.

Tal fato ilumina a peça homônima da companhia Os Fofos Encenam como uma releitura que pressupõe inevitavelmente a questão da mediação e, por conseguinte, o problema da autenticidade. Nesse sentido, pode-ser ver o espetáculo d’Os Fofos como apenas mais uma camada acrescentada a esse reservatório cultural de assombrações que compõe o imaginário recifense. Não há propriamente o retorno a fontes primitivas, mas uma forma outra ou uma forma segunda de figurá-las, transformando e reprocessando aquele entre-lugar insondável que parece ser a cultura popular. Assim, aquilo que à primeira vista parecia ser uma revisitação de um arcabouço cultural que constitui a tradição pernambucana, surge agora como uma releitura possível ou acréscimo às narrativas orais antigas de Recife, relatando-as sem desconsiderar o devir histórico, a singularidade e a visão específica do tempo e do lugar de uma companhia paulista como Os Fofos Encenam.

A desconstrução do lugar de autenticidade nem de longe desvaloriza um espetáculo como Assombrações do Recife Velho. Pelo contrário, valoriza sua unicidade e autonomia, uma vez que a relevância da tradição popular deixa de ser o critério único ou mais relevante para pensarmos esse trabalho. Ou seja, a desconstrução do autêntico permite abordar uma obra pelo que ela traz de decomposição, de síntese ou de desdobramento da cultura popular — junto com tudo o que essas operações podem trazer em termos de novos entendimentos e recuperações dessa mesma tradição cultural, num passo à frente daquele já amplamente circunscrito por dramaturgos como Ariano Suassuna, por exemplo. Sob essa perspectiva, é interessante apontar momentos em que se está um passo adiante do imaginário consagrado do popular, trazendo à tona elementos recalcados, refigurados ou eminentemente teatrais das histórias do Recife.

Dentre os vários momentos possíveis, o realce do aspecto lúbrico da figura do diabo me causou forte impressão, dentro de uma expectativa que inicialmente só previa o temor e a superstição. Isso se deu nas variadas figurações do “capeta” (que ficaram a cargo de José Roberto Jardim), ecoando talvez a lista infindável de denominações para o diabo que existe na cultura nordestina. Ataulfo, espécie de mestre de cerimônias diabólico, ou o bode como face animalesca do temido “cafute”, ou ainda o colonizador holandês — todas essas faces proporcionaram formas diferentes tanto de temor e monstruosidade, quanto de sedução e pecado. Quanto a esse aspecto, a menção à relação sadomasoquista entre o colonizador holandês e o corpo da índia e da negra, por exemplo, apresenta uma leitura extremamente pertinente e diferenciada da formação colonial, social e antropológica de Pernambuco; leitura essa que surge essencialmente como dramaturgia, como produto da investigação teatral do grupo, e que foge da visão comum acerca da dominação cultural do colonizador sobre o colonizado.

José Roberto Jardim. Foto: Ligia Jardim.

Dentro desse contexto, quando um velho contador admite que vive em tempos pós-marxistas e pós-freudianos, alguma coisa é abalada na expectativa que temos da cultura popular. Também isso ocorre (de forma impagável) quando três meninas pobres, lúcifer em forma de bode e o Jesus galeguinho brincam e se provocam de maneira fogosa. Com cenas tão notáveis como essas, o que Os Fofos supostamente querem representar? Que versão é essa do popular? Sob que transformações passa o Recife velho de Newton Moreno?

Nas suas Notas sobre a desconstrução do “popular”, Stuart Hall procura fugir das disposições correntes acerca do assunto: o crítico da cultura evita tanto a ideia de uma cultura popular autônoma e alheia aos outros circuitos produtores de cultura, assim como a prática de considerar cultura popular como tudo aquilo produzido pelo “povo” — entidade esta tão complexa como o fenômeno circunscrito pela cultura popular. Assim, entre a afirmação algo paternalista de uma cultura naïf que resiste heroicamente às investidas da tecnologia e da massificação, e a perspectiva de inventário que somente anota e registra indiscriminadamente tudo aquilo que vem do “povo” — entre esses dois extremos, Stuart Hall prega uma terceira via, a que considera a cultura popular como terreno no qual existe uma tensão contínua entre formas culturais primitivas / locais / tradicionais e uma cultura dominante. Ou seja, a cultura popular surge como lugar de enfrentamento e polarização, em que ocorrem inúmeras contaminações, resistências e violências entre os estratos sociais e suas respectivas formas de vida.

Dentro do pensamento de Hall, retenho a ideia de que, nesse campo de polaridades que é a cultura popular, existe um espaço privilegiado de transformação. Seja ela decorrente da implantação violenta de formas culturais dominantes nos costumes locais, seja ela advinda da absorção pelo elemento popular da cultura de massas e dos rudimentos da tecnologia, a cultura chamada popular é precisamente o terreno de intercâmbio e conflito entre as classes sociais, produzindo ora sufocamentos perversos de grupos específicos, ora a sobrevivência e a exaltação de outros: “A cultura popular não é, num sentido ‘puro’, nem as tradições populares de resistência a esses processos, nem as formas que as sobrepõem. É o terreno sobre o qual as transformações são operadas” (HALL, 2003, p. 232).

Nesse sentido, a encenação do popular proposta pela companhia Os Fofos Encenam prima, a meu ver, pelas transformações que operam na herança espiritual recifense, realçando, por exemplo, a concretude e a corporalidade de certos rituais e superstições, ou o fundo erótico que existe na noção de pecado e nas próprias fantasmagorias que rondam a cidade. Tais transformações não prescindem de uma certa nostalgia pelo passado da cidade, reconhecido e cultuado nas narrativas populares; no entanto, é precisamente na reelaboração e na encenação reflexiva dessas narrativas que Assombrações do Recife Velho se destaca em termos de contato com o popular e de investigação desse universo espiritual.

Luciana Lyra. Foto: Divulgação.

Assim, por vias tortuosas ou autônomas, o espetáculo Assombrações do Recife Velho acaba por se inserir como terreno por excelência de transformação. Seguindo a trilha do pensamento de Stuart Hall, o teatro d’Os Fofos se instaura, assim, como espaço eminentemente popular, na medida em que se engajam na pesquisa e operam transfigurações dramatúrgicas do texto de Gilberto Freyre. Enfim, eles operam transformações e há, com isso, uma peculiar volta ao popular, espécie de retorno enviesado. Um retorno que se dá de tal forma que, curiosamente, Os Fofos parecem manter um pouco da aura de assombração das histórias, talvez até mais do que se buscassem a via segura (e de sucesso garantido) do regionalismo exótico. Com tais transformações cênicas, as “chamadas psíquicas” (conforme se refere Gilberto Freyre no seu livro), vividas por personagens singulares da crônica de Recife, ganham muitas vezes nova roupagem para continuar a impressionar ouvintes e plateias.

Gilberto Freyre afirma que “O Recife não tem motivos para envergonhar-se do que, no seu passado, se apresenta tocado de sugestões sobrenaturais. Grande parte dessas sugestões terá sido simples crendice, superstição, histeria, até. Outra parte, porém, não se deixa facilmente explicar pelo simplismo cientificista: retém o seu mistério” (FREYRE, 1987). Como afirmei no início, de fato, Assombrações do Recife Velho reserva alguns momentos de susto. Creio que o que garante este efeito é a capacidade dessa montagem de transformar aquilo que coleta da cultura — em teatro. Com o teatro, e a partir do chão consagrado da tradição nordestina, a companhia Os Fofos Encenam acessa um outro patamar do popular. Por uma via autônoma, recriam um pouco desse mistério mencionado por Gilberto Freyre, de histórias tão antigas, tão conhecidas. Aumentar um ponto, para poder, novamente, contar o conto.

Referências bibliográficas:

FREYRE, Gilberto. Assombrações do Recife Velho. Rio de janeiro: Record, 1987.

HALL, Stuart. “Notas sobre a desconstrução do ‘popular’”. In: ______. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.

SMALL, Daniele Avila. Leitura inscrita no espaço da cena. In: ______. Questão de Crítica. Rio de Janeiro: Questão de Crítica, 2011. Disponível em http://www.questaodecritica.com.br/2011/05/leitura-inscrita-no-espaco-da-cena/

Leia na Questão de Crítica outros textos sobre peças do grupo Os Fofos Encenam:

Crítica da peça Assombrações do Recife Velho, por Astier Basílio, na edição de dezembro de 2008: http://www.questaodecritica.com.br/2008/12/um-teatro-assombrado-por-belezas/

Crítica da peça Ferro em brasa, por Dinah Cesare, na edição de julho de 2010: http://www.questaodecritica.com.br/2010/07/criacao-de-um-tempo-anacronico/

Crítica da peça Memória da cana, por Daniele Avila Small, na edição de maio de 2011: http://www.questaodecritica.com.br/2011/05/leitura-inscrita-no-espaco-da-cena/

Crítica da peça Dar corda para se enforcar, por Ana Cristina Pinho, na edição de agosto de 2013: http://www.questaodecritica.com.br/2013/08/quando-o-teatro-encontra-o-circo/

Informações sobre o grupo: http://www.osfofosencenam.com.br/

Renan Ji é doutorando em Literatura Comparada pela UFF, Mestre em Literatura Brasileira pela UERJ.

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