Conversas

Histórias do corpo. Entrevista com André Masseno

17 de agosto de 2020 Conversas

A série de entrevistas Histórias do Corpo é um projeto de conversas sobre histórias do corpo no Brasil, assim no plural, porque são muitas as suas versões, e muitos também os caminhos para onde apontam. Sem perder de vista as contaminações de outras culturas, a colonização, as insurgências e lutas nelas implicadas, as histórias são contadas por artistas, pesquisadores, e artistas-pesquisadores, porém sem uma preocupação com a história cronológica de causa e efeito, no sentido do que vem antes e o que deveria vir depois. Buscamos ouvir algumas experiências com certo recuo no tempo, para deslocar e colocar em perspectiva acontecimentos do passado que ressoam no presente.

O projeto é concebido por Ivana Menna Barreto em parceria com Daniele Avila Small para a Revista Questão de Crítica.

 

André, agradeço pela entrevista, e também à Revista Questão de Crítica, pela oportunidade. É um prazer voltarmos à nossa conversa sobre sua pesquisa, que faz um percurso entre performance e literatura brasileira, olhando com atenção especial o corpo, no contexto histórico da contracultura, da Tropicália e de uma não-separação entre arte e ativismo. Para você, fez mais sentido deslocar o olhar do presente e mergulhar em nosso passado recente, em relação à Tropicália e ao Modernismo, para a criação de novas experiências artísticas (no caso de sua performance O Confete da Índia) e, paralelamente, desenvolver sua pesquisa acadêmica? Esse retorno ao passado abre perspectivas para se experimentar um outro “jeito de corpo”, como você propõe, no artigo publicado em Bioescritas, biopoéticas (2017)?

Histórias do corpo. Entrevista com Ana Teixeira

2 de agosto de 2020 Conversas

A série de entrevistas Histórias do Corpo é um projeto de conversas sobre histórias do corpo no Brasil, assim no plural, porque são muitas as suas versões, e muitos também os caminhos para onde apontam. Sem perder de vista as contaminações de outras culturas, a colonização, as insurgências e lutas nelas implicadas, as histórias são contadas por artistas, pesquisadores, e artistas-pesquisadores, porém sem uma preocupação com a história cronológica de causa e efeito, no sentido do que vem antes e o que deveria vir depois. Buscamos ouvir algumas experiências com certo recuo no tempo, para deslocar e colocar em perspectiva acontecimentos do passado que ressoam no presente.

O projeto é concebido por Ivana Menna Barreto em parceria com Daniele Avila Small para a Revista Questão de Crítica.

A primeira entrevista, com a pesquisadora Ana Teixeira (PUC/SP), aborda as relações históricas entre Companhias de Dança e poder estatal.

CEAK: Formação, pesquisa e resistência

28 de abril de 2018 Conversas e

A atriz Tainah Longras conversa com a atriz e diretora Ana Kfouri sobre o CEAK – Centro de Estudos Ana Kfouri, espaço aberto em 2017 no Cosme Velho, no Rio de Janeiro.

TAINAH LONGRAS: O CEAK não é o primeiro espaço de pesquisa cênica que esteve sob sua orientação. Antes dele, você coordenou o CEAE – Centro de Estudo Artístico Experimental, no SESC Tijuca, por 9 anos. Como essa experiência ajudou a concretizar o projeto de um espaço próprio?

ANA KFOURI: São épocas e projetos muito distintos, mas penso que interligados pelo desejo e pela determinação de serem voltados à investigação artística. O CEAE tinha a parceria valiosa do Sesc Rio e, assim sendo, pudemos realizar eventos e projetos na maioria das vezes gratuitos, ou a preço popular, como espetáculos, leituras, debates, oficinas, solos e seminários. O CEAE fomentou a pesquisa artística e integrou atores, estudantes e espectadores com projetos como Cotidiano na Ribalta, Quartas Cênicas, Solos, Seminários, Conversando com… sobre…, Mostra Universitária, Mostra Novíssimas Pesquisas Cênicas, Palco de experimentação. Foram lindos tempos nos quais pudemos atender a diversas tendências artísticas nas áreas de teatro, dança, música e poesia, contribuindo para a formação e para o aumento de um público interessado em participar de atividades artísticas que fugiam do padrão convencional no bairro da Tijuca. Que beleza! Outros tempos…

Representatividade trans

28 de fevereiro de 2018 Conversas e
Roda de conversa sobre representatividade trans, realizada no Rio de Janeiro por Dandara Vital (à frente). Foto: Rodrigo Menezes.
Roda de conversa sobre representatividade trans, realizada no Rio de Janeiro por Dandara Vital (à frente). Foto: Rodrigo Menezes.

Nota: esse texto utiliza a linguagem neutra, trocando marcações de gênero das palavras pelo “e”; o “x” não é usado por ser ilegível, nesse contexto de marcação de gênero, pelos computadores programados para pessoas com deficiência visual.

 

Janeiro foi o mês da Visibilidade Travesti e Trans, no qual relembramos e comemoramos o histórico dia 29 de janeiro de 2004, quando pessoas Trans estiveram pela primeira vez no Congresso Nacional brasileiro falando sobre suas vivências e demandas políticas. Nós do MONART (Movimento Nacional de Artistas Trans) tentamos, desde o início de janeiro, dialogar com a equipe da peça Gisberta, atuada e concebida pelo ator cisgênero Luis Lobianco, sobre a história de uma mulher Trans que viveu entre Brasil, França e Portugal e que foi assassinada em 2006. Por um lado, nossas tentativas de diálogo com a equipe da peça foram tratadas como um tipo de afronta a ser condenada e censurada como se fosse uma “ameaça”. Em consequência, fomos difamades e ofendides por parte da grande mídia jornalística. Por outro lado, recebemos apoio de diversos grupos, coletivos, canais midiáticos e indivíduos que reconheceram a importância do debate que tentamos levantar.

O teatro expandido e a arte permeável de Marcio Abreu

25 de abril de 2016 Conversas

Vol. IX, nº 67 abril de 2016 :: Baixar edição completa em PDF

Resumo: “O teatro é necessariamente uma experiência entre pessoas.” Esta é uma frase que possui força e concisão, predicados que podem ser atribuídos ao diretor e dramaturgo Marcio Abreu, que comanda a companhia brasileira de teatro, com sede em Curitiba – Brasil. A companhia desenvolve um amplo trabalho de pesquisa e produção, em parte explicado por Marcio Abreu nessa entrevista. Ele também nos fala de seu caminho pessoal e profissional pelo teatro, bem como do seu processo criativo e das inúmeras parcerias que vem fazendo ao longo das últimas duas décadas.

Palavras-chave: Teatro Brasileiro, Marcio Abreu, Processo criativo.

Abstract: “Theater is necessarily an experience among people.” The phrase has power and conciseness, predicates that one can attribute to Marcio Abreu, director and playwright. He is the leader of “companhia brasileira de teatro”, based in Curitiba – Brazil. The company develops a wide work of research and production, which is explained by Marcio Abreu in this interview. He also reveals his personal and professional path towards theater, as well as his creative process and uncountable partnerships he has been experiencing over the last two decades.

Keywords: Brazilian Theater, Marcio Abreu, Creative process.

 

“O teatro é necessariamente uma experiência entre pessoas.” Esta é uma frase que possui força e concisão, predicados que podem ser atribuídos ao diretor e dramaturgo Marcio Abreu, que, atualmente, é uma das vozes mais criativas da atual cena brasileira. Marcio Abreu comanda a companhia brasileira de teatro, (assim mesmo em minúsculas, como ele gosta de frisar) com sede em Curitiba.

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Questão de Crítica

A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

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