Autor Felipe Vidal

Autoral e polifônico

30 de outubro de 2010 Conversas

Por acasião da temporada do espetáculo Marcha para Zenturo, criado pelo Grupo XIX de Teatro e pelo Espanca!, Felipe Vidal conversa com os integrantes de ambos os grupos. A conversa foi realizada em setembro de 2010 no Espaço SESC. Participaram da conversa: Luiz Fernando Marques, Janaina Leite, Juliana Sanches, Ronaldo Serruya e Paulo Celestino (do Grupo XIX); e Marcelo Castro, Gustavo Bones e Grace Passô (do Espanca!).

Felipe Vidal – Acho que a gente pode começar falando de uma coisa mais objetiva sobre os grupos para depois entrar na história do espetáculo. Queria saber como é a sobrevivência dos grupos, como se dá o dia a dia, como acontece isso para vocês – individualmente e coletivamente?

Janaina Leite – No Grupo XIX a gente tem um contexto bastante específico que é o movimento teatral em São Paulo, que nos anos 90 abriu uma porta enorme de possibilidades pro teatro de grupo. Ainda com todas as restrições, dentro do cenário do país, acho que São Paulo tem uma realidade pra realização do teatro de grupo que é bastante singular. São 10 anos de trajetória e a gente se cola totalmente às conquistas do movimento em São Paulo. Tem a ver com a Lei de Fomento, com todos os editais que vieram depois; com a Lei de Fomento, sobretudo, que foi o que estruturou o grupo. Estruturou, criou um espaço, a gente se entendeu como grupo a partir da Lei de Fomento. O que significa esse entendimento sobre o que é ser grupo, o que é fazer um trabalho continuado, o que é ter uma pesquisa. Então, a gente hoje em dia tem essa força muito grande que é estar ligado a um espaço – o que potencializa muito nossas atividades não só internas, como possibilidade de interação, de receber outros grupos e atividades no espaço – e essa manutenção que vai se dando por esses editais públicos.

Dramaturgia em três tempos

31 de janeiro de 2010 Processos
Atrizes: Rosanne Mulholland e Simone Spoladore. Foto: Hannah Jatobá.

O ponto de partida de Louise Valentina foi a sugestão da Simone Spoladore de trabalhar a partir de Valentina, personagem que o quadrinista Italiano Guido Crepax (1933-2003) começou a desenhar em 1965. Eu sabia que Valentina tinha sido criada a partir da personagem Lulu, interpretada pela atriz americana Louise Brooks no filme A Caixa de Pandora (1928), dirigido pelo alemão G.W. Pabst e que se baseia nas peças de Frank Wedekind (1864-1918), Erdgeist (Espírito da Terra, 1895) e Die Büchse der Pandora (A Caixa de Pandora), 1904. Sugeri então que Louise fosse o outro elemento focalizado no processo. Tendo estas duas figuras femininas da cultura pop do século XX como objetos centrais, iniciamos a construção dramatúrgica do espetáculo.

Conversa com José Celso Martinez Corrêa e Marcelo Drummond

10 de maio de 2008 Conversas

A conversa foi realizada no dia 05 de maio de 2008, em São Paulo, com Zé Celso e Marcelo Drummond, com a colaboração de Rafaela Wrigg.

FELIPE VIDAL – Bom, como o assunto central da revista é a crítica, eu queria saber: como vocês enxergam o papel da crítica hoje em dia? Há algum diálogo efetivo? O Nelson de Sá, por exemplo, participou com vocês dois na dramaturgia/tradução do Ham-Let e na época escrevia críticas. Como funciona esse tripé: artista – público – crítica?

Conversa com Marcio Abreu

8 de abril de 2008 Conversas

A Companhia Brasileira de Teatro, de Curitiba está em processo de construção de seu próximo trabalho, Deserto, com direção de Marcio Abreu e dramaturgia final de Bianca Ramoneda e Marcio Abreu. Foram para uma fazenda, próxima a Curitiba, onde vai funcionar uma extensão do Ateliê de Criação Teatral – ACT (projeto capitaneado por Luís Melo), e lá ficaram por seis semanas, preparando algumas cenas que foram mostradas no Festival de Curitiba de 2008.

A pesquisa dramatúrgica do grupo vem seguindo dois caminhos principais: um, o de encenar textos prévios de uma dramaturgia escrita depois dos anos 90; e outro, o do processo colaborativo de construção dramatúrgica. Eles já trouxeram a maioria de seus espetáculos para o Rio, o primeiro foi Volta ao dia (em 2003). Em seguida, eles estiveram aqui com duas peças: em 2005, com Suíte 1 de Philippe Minyana, e no ano passado com a montagem de Apenas o Fim do Mundo, escrita por Jean-Luc Lagarce em 1990.

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Questão de Crítica

A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

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