Autor Patrick Pessoa

MITsp 2016 – 6 reviews: Joël Pommerat, Dimitris Papaioannou, José Fernando Azevedo, Josse de Pauw e Krzysztof Warlikowski

25 de abril de 2016 In English, Traduções ,, e

Vol. IX, nº 67 abril de 2016 :: Download complete edition in PDF

By Daniele Avila Small, Mariana Barcelos and Patrick Pessoa

Translated by Dermeval de Sena Aires Júnior

MITsp Questão de Crítica

The following critiques were presented in March 2016 on occasion of the 3rd MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo. They were written by Daniele Avila Small, Mariana Barcelos, and Patrick Pessoa, of the Questão de Crítica magazine, who participated of “Prática da Crítica” [“Criticism Practice”]. This activity has been promoted by the festival since its first edition in 2014 and is part of a broad set of formative activities included in the exhibit Olhares Críticos [“Critical looks”].

Por que somos tão cavalos?

24 de dezembro de 2015 Críticas

Vol. VIII n° 66 dezembro de 2015 :: Baixar edição completa em pdf

Resumo: Aos 80 anos, Maria Alice Vergueiro realiza mais um experimento cênico radical e encena o próprio velório na peça “Why the horse?”. Este texto discute a influência de Brecht na constituição formal do espetáculo e investiga a possível concepção de imortalidade apresentada em cena.

Palavras-chave: Maria Alice Vergueiro, Brecht, Godard, Borges

Abstract: In Why the horse?, Maria Alice Vergueiro, 80 years old, proposes another radical scenic experiment and stages her own funeral. This text discusses the influence of Brecht in the formal construction of her experiment and investigates the particular conception of immortality brought to the scene.

Keywords: Maria Alice Vergueiro, Brecht, Godard, Borges

 

“A morte (ou sua alusão) torna os homens preciosos e patéticos. Estes comovem por sua condição de fantasmas; cada ato que executam pode ser o último; não há rosto que não esteja por dissolver-se como o rosto de um sonho. Tudo, entre os mortais, tem o calor do irrecuperável e do aleatório.”

Jorge Luis Borges

 

Em uma crônica publicada em 2008, Luis Fernando Veríssimo propõe um exercício espiritual que, mais ou menos inconscientemente, todos já realizamos alguma vez:

No filme La chinoise, de Jean-Luc Godard, um personagem se vê diante de um quadro-negro em que estão escritos os nomes de todos os principais escritores, compositores, pensadores e artistas da História – e começa a apagá-los, nome por nome, até sobrar um só. Está fazendo uma espécie de purgação intelectual. Experimente fazer o mesmo. Encha um quadro-negro com todos os nomes que lhe ocorrerem, sem nenhum tipo de ordem. Uma sequência pode ser, por exemplo, “Heródoto, Nietzsche, São Tomás de Aquino e Charlie Parker”, outra “Villa-Lobos, Strindberg, Marquês de Sade, Platão e Frida Kahlo”. Quando não sobrar espaço no quadro-negro nem para um nome curto (“Meu Deus, esqueci o Rilke!”), comece a apagar. Nome por nome. O importante é não racionalizar. Não estabelecer critério ou hierarquia. Deixar o apagador fazer seu trabalho sem interferência da sua consciência ou da sua emoção. Apenas ir apagando. Você pode descobrir coisas surpreendentes a seu próprio respeito. Nomes que, até aquele momento, faziam parte da sua galeria de veneráveis se revelarão apagáveis, outros serão poupados até quase o fim. E no fim, o nome que sobrar, o único nome que você não apagar, poderá ser a maior revelação de todas. Não será, necessariamente, o nome de quem você considera o mais importante, influente, valioso ou simpático da história das ideias ou das artes. Será apenas o nome que, por alguma razão, você não conseguiu apagar. Depois você só precisará se explicar para você mesmo. No filme do Godard, o único nome que ficava no quadro-negro era o de Brecht (VERISSIMO, 2008).

A pulsão rapsódica de Octavio Camargo

31 de agosto de 2015 Críticas

Vol. VIII, nº 65, agosto de 2015

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Resumo: O projeto Ilíadahomero, criado por Octavio Camargo, tem por objetivo a apresentação integral dos 24 cantos da Ilíada, de Homero, na tradução de Manuel Odorico Mendes, na Grécia, em agosto de 2016. O presente texto propõe uma análise panorâmica da encenação dos dez cantos apresentados no Festival de Curitiba de 2015.

Palavras-chave: Ilíada, Homero, Odorico Mendes, rapsódia

Abstract: The project Ilíadahomero, conceived by Octavio Camargo, has as its main goal the fully presentation of the 24 chants of Homer´s Iliad, from the Brazilian translation by Manuel Odorico Mendes, in Greece, August 2016. This text proposes a panoramic analysis of the ten chants presented in the Festival of Curitiba in 2015.

Keywords: Iliad, Homer, Odorico Mendes, rhapsody

 

O modo como o ensaio se apropria dos conceitos seria comparável ao comportamento de alguém que, em terra estrangeira, é obrigado a falar a língua do país, em vez de ficar balbuciando a partir das regras que se aprendem na escola. Essa pessoa vai ler sem dicionário. Quando tiver visto a mesma palavra trinta vezes, em contextos sempre diferentes, estará mais segura de seu sentido do que se tivesse consultado o verbete com a lista de significados, geralmente estreita demais para dar conta das alterações de sentido em cada contexto e vaga demais em relação às nuances inalteráveis que o contexto funda em cada caso.

Theodor Adorno, “O ensaio como forma”

Krum: hebdomadário do processo

31 de agosto de 2015 Processos

Vol. VIII, nº 65, agosto de 2015

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Resumo: O texto apresenta e discute as questões dramatúrgicas surgidas ao longo das três primeiras semanas de ensaios de Krum, peça de Hanokh Levin dirigida por Marcio Abreu.

Palavras-chave: Marcio Abreu, Hanokh Levin, Beckett, Strindberg

Abstract: The text presents and discusses the dramaturgical questions that came to light during the first three weeks of rehearsals of Krum, play written by Hanokh Levin and directed by Marcio Abreu.

Keywords: Marcio Abreu, Hanokh Levin, Beckett, Strindberg

 

SEMANA 1 (01 a 05/12): Retratos da vulgaridade ao lirismo

Como só poderei estar presente aos ensaios duas vezes por semana, dessa vez o diário do processo não terá como ser efetivamente um diário. Será antes um hebdomadário. O seu objetivo principal é registrar os momentos que eu julgar mais importantes para a elaboração do texto sobre o processo, a ser publicado quando a peça estrear. Mas, acompanhando a primeira semana de discussão – estive presente no primeiro, no terceiro e (excepcionalmente) no quinto dia de trabalho –, fiquei com a impressão de que escrever sobre algumas das questões que apareceram pode não apenas culminar em um texto sobre o processo, mas simultaneamente em um texto para o processo. Por isso, se conseguir manter a disciplina, enviarei semanalmente aos companheiros nessa viagem pelo mundo de Krum os apontamentos que conseguir reunir.

A tragédia do inconformismo (e o inconformismo da tragédia)

28 de maio de 2015 Críticas

 

Foto: Claudia Ribeiro.
Foto: Claudia Ribeiro.

Vol. VIII nº64, maio de 2015.

Resumo: O texto se propõe a pensar a dialética entre resistência e conformismo (na arte e na política) a partir da análise da peça Vianninha conta o último combate do homem comum, dirigida por Aderbal Freire-Filho. Como o título indica, defende-se que a tragédia deve ser pensada, pelo menos a partir da Modernidade, como uma escola de liberdade, uma forma de arte que ensina a resistir às ideias de um poder superior ou um destino imutável.

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Questão de Crítica

A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

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