Vol. VI, nº 52, fevereiro de 2013

28 de fevereiro de 2013 Editoriais

O mês de fevereiro tem sido difícil para o teatro carioca: com diversos teatros fechados há quase um mês, por descaso e irresponsabilidade do poder público, muitas temporadas foram interrompidas – algumas em sua última semana – ou canceladas. Algumas simplesmente não poderão retornar à cidade tão cedo, porque precisam cumprir suas agendas de circulação por outras cidades, ou também porque muitos artistas não têm como conciliar suas agendas fora daquelas datas previstas em contratos que foram simplesmente rompidos. Esta situação mobilizou muitas pessoas das artes cênicas a se manifestar publicamente, se encontrar para debater e procurar soluções para a desagradável situação. Enquanto um grupo atualmente reunido no movimento “Reage, artista!” trabalha para organizar as propostas, a classe teatral carioca aguarda um posicionamento da Secretaria Municipal de Cultura sobre a reabertura dos teatros e as novas diretrizes das suas políticas culturais. Aproveitamos este espaço para manifestar nosso apoio a este movimento e para reivindicar dos órgãos responsáveis um posicionamento mais objetivo, bem como uma abertura mais ampla para o diálogo com os artistas e empreendedores culturais da cidade.

Muitos teatros, no entanto, continuam abertos, e nesta edição analisamos algumas peças em cartaz na cidade, bem como outras que foram criadas no Rio, mas que estão atualmente se apresentando em São Paulo.

Daniel Schenker escreve sobre Gonzagão, a lenda, peça dirigida por João Falcão que esteve em cartaz no Teatro Ginástico; sobre Porcos com asas, que tem direção de Claudio Handrey, em cartaz na arena do Espaço Sesc; e sobre Hoje é ontem também, processo de criação realizado com a diretora argentina Lola Arias e alguns grupos cariocas reunidos pela Ocupação No Lugar, no Teatro Ipanema.

Dinah Cesare escreve sobre Jacinta, uma comédia musical com Andrea Beltrão em cartaz no Teatro Poeira, e sobre Quase normal, musical dirigido por Tadeu Aguiar que fez temporada no Rio no Teatro Clara Nunes e agora está em cartaz em São Paulo.

Outra produção carioca em cartaz na capital paulista é A marca da água, com direção de Paulo de Moraes, que nesta edição tem crítica de Mariana Barcelos. Natalia Nolli Sasso escreve sobre O Abajur Lilás ou uma Medeia perdida na Rua Augusta?, peça do Núcleo Caixa Preta, de São Paulo, em cartaz no Sesc Belenzinho.

No mês de março o Selo Questão de Crítica publicará um novo título em sua Coleção Dramaturgias, o livro do grupo mineiro Quatroloscinco, com o texto das peças É só uma formalidade e Outro lado. Por meio desta publicação, alimentamos as trocas que vimos tendo com o grupo Quatroloscinco, ao longo dos nossos anos de existência – o grupo tem cinco anos, a mesma idade da revista – por isso, resolvemos juntar a fortuna crítica aos textos das peças nesse livro. O lançamento acontecerá no dia 16 de março às 19h no Galpão do Cine Horto na Rua Pitangui, 3613 – Horto – Belo Horizonte.

No mês de março, quando completa cinco anos de atividade, a Questão de Crítica realizará dois importantes eventos, ambos em parceria com o Espaço Sesc. O 2º Prêmio Questão de Crítica será nossa festa de aniversário, celebrada com os indicados ao prêmio, que podem ser conhecidos no blog do evento: www.questaodecritica.com.br/premioqdc. A partir do dia 23 de março, daremos início a uma série de atividades formativas no 2º Encontro Questão de Crítica, cuja programação pode ser conferida no evento que criamos no Facebook: https://www.facebook.com/events/490513071010275/. Em breve, atualizaremos o blog do Encontro.

Colaboraram nesta edição:

Daniel Schenker, Dinah Cesare, Mariana Barcelos, Natalia Nolli Sasso.

Editora:

Daniele Avila Small.

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Questão de Crítica

A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

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