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Correspondências que ultrapassam os tempos

A narrativa do espetáculo que está em cartaz no Poeirinha, Eu é um outro, dirigido por Isabel Cavalcanti e com dramaturgia assinada por Pedro Brício, constitui-se de fragmentos que recriam, no palco, a vida particular do poeta francês Artur Rimbaud. Intercalam-se a essas imagens, outros dois episódios que se aproximam do nosso tempo presente, instaurando conflitos que se deixam afetar pelo legado literário do poeta.
Uma dramaturgia de instabilidades

Uma das chaves possíveis para analisarmos a estrutura cênico-dramatúrgica do espetáculo Trabalhos de amores quase perdidos, texto e direção de Pedro Brício, é pensá-las a partir de uma série de tensões, relacionadas a instabilidades ou impossibilidades de certas situações engendrados pelo autor, tanto na esfera ficcional quanto na esfera da criação.
Resgate de um olhar apurado

Décadas atrás engenheiros estudavam o que seria a projeção arquitetônica de nosso tão distante século XXI. Naves espaciais nos levariam à lua com a regularidade de um avião, robôs, carros voadores, casas de vidro com comandos de voz, muitas construções de ferro, tubulares e aparelhos eletrodomésticos inimagináveis. Um dos bons exemplos disso, no campo das ideias artísticas, foi a série de desenho animado da Hanna-Barbera: “Os Jetsons” (The Jetsons no original), que povoou o nosso imaginário popular coletivo na década de 60. Entretanto nenhum deles, em suas projeções mais otimistas, conseguiu vislumbrar este mundo futurista, pós-contemporâneo, com mares, oceanos, árvores, matas ou estrelas. As cores verde e azul eram ignoradas com frequência da paleta de cor destes “arquitetos do futuro”, devido à total ausência de função em nosso planeta High Tech do “amanhã”.