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Quando se atua e quando se vive?

30 de junho de 2014 Críticas

Vol. VII, nº 62, junho de 2014

Resumo: Este texto trata da encenação E se elas fossem pra Moscou?, dirigida por Christiane Jatahy. Nele, são abordadas questões pertinentes às noções de teatros performativos e teatros do real, à luz de problematizações aprofundadas por Silvia Fernandes. Também se realiza uma reflexão sobre alguns aspectos da ética pensados por Mikhail Bakhtin a partir de elementos presentes no espetáculo e pertinentes na discussão estabelecida.

Palavras-chave: Teatros performativos, teatros do real, ética, virtual, real, ficcional.

Resumen: Este artículo trata sobre el escenario ¿Y si ellas fueran a Moscú?, dirigido por Christiane Jatahy. En él se discuten cuestiones conexos a las nociones de teatros performativas y teatros reales, a la luz de problematizaciones profundizados por Silvia Fernandes. También realiza una reflexión sobre algunos aspectos del pensamiento ético por Mikhail Bakhtin de elementos presentes en el espectáculo y pertinentes a la discusión establecida.

Palabras clave: teatros performativas, teatros reales, la ética, virtual, real, ficticio.

O espaço teatral como zona de conflito estético

27 de novembro de 2011 Críticas
Julia. Foto: Gui Maia.

Julia, título do mais recente trabalho da diretora Christianne Jatahy, expõe o clássico da dramaturgia universal, escrito pelo sueco August Strindberg, Senhorita Julia, às cisões, deslocamentos e produções de sentido via conexão entre as linguagens teatral e cinematográfica. É sobre esse enfoque estilístico que a análise da peça irá se debruçar.

Afirmar somente que Julia é cinema dentro do teatro é meio redundante e explica muito pouco ou quase nada sobre a complexidade que se engendra no espaço de atuação, principalmente no que tange ao olhar, no que se refere à potência com que as imagens se oferecem à visão do espectador, determinando suas escolhas.

Narrar, interiorizar, dialogar, descrever, caracterizar… atuar

27 de janeiro de 2010 Críticas
Atores: Thereza Piffer, Leonardo Netto e Paulo Dantas. Foto: Marcelo Lipiani.

Em cartaz até o fim de janeiro no Espaço Cultural Sérgio Porto, Corte seco, peça da Cia Vértice de Teatro dirigida por Christianne Jatahy, coloca em cena algumas questões que, a princípio, parecem pertencer exclusivamente ao universo do teatro: os exercícios, procedimentos e questões da criação de um espetáculo teatral.

Qual seria o interesse, do ponto de vista do espectador, por uma peça que expõe um processo? Qual é a conexão entre a pessoa que não faz nem estuda teatro e um espetáculo que abre fendas na sua espetacularidade e se autoficcionaliza? Se é possível dizer que os trabalhos deste grupo, assim como os de diversos outros grupos que atuam no teatro carioca, se desenvolve a partir do que se convencionou chamar de pesquisa de linguagem, como fica a relação entre a cena e o público?

Máscara transparente

26 de janeiro de 2010 Conversas e

A conversa foi realizada em março de 2010.

DANIELE AVILA – Seria interessante se você pudesse começar falando um pouco sobre a peça e sobre o que é importante pra você como artista nessa peça.

CHRISTIANE JATAHY – Pra mim, o Corte seco se instaura como uma parte importante de uma pesquisa que, como vocês sabem, não começa com Corte seco. De alguma forma, o que está ali, sendo visto pelo público, no momento em que a peça está sendo feita – porque a peça tem essa característica de estar sendo feita em parte na hora – é muito do que a gente viveu, muito do que eu aplico, em todos os meus processos. De fato, o Corte Seco é uma tentativa, um desejo de abrir o processo, ou seja, colocar em cena de alguma forma a maneira como eu trabalho, tanto para a construção de uma peça quanto para o treinamento. Isso está tão ligado à questão dos sistemas, ao uso dos sistemas como material provocativo pra construção da dramaturgia, um estímulo para os atores construírem a cena, como também a essas interferências, que têm o objetivo de tornar vivo o que está acontecendo na cena, o que vai gerar uma dramaturgia que se transformará numa coisa que, apesar de parecer aberto, não está aberto. Está aberto como qualquer outra peça.

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Questão de Crítica

A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

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