Autor Ivana Menna Barreto

Histórias do corpo. Entrevista com Ana Teixeira

2 de agosto de 2020 Conversas

A série de entrevistas Histórias do Corpo é um projeto de conversas sobre histórias do corpo no Brasil, assim no plural, porque são muitas as suas versões, e muitos também os caminhos para onde apontam. Sem perder de vista as contaminações de outras culturas, a colonização, as insurgências e lutas nelas implicadas, as histórias são contadas por artistas, pesquisadores, e artistas-pesquisadores, porém sem uma preocupação com a história cronológica de causa e efeito, no sentido do que vem antes e o que deveria vir depois. Buscamos ouvir algumas experiências com certo recuo no tempo, para deslocar e colocar em perspectiva acontecimentos do passado que ressoam no presente.

O projeto é concebido por Ivana Menna Barreto em parceria com Daniele Avila Small para a Revista Questão de Crítica.

A primeira entrevista, com a pesquisadora Ana Teixeira (PUC/SP), aborda as relações históricas entre Companhias de Dança e poder estatal.

Alla Prima, o corpo agora

23 de outubro de 2017 Críticas
Alla Prima. Foto: Divulgação.
Alla Prima. Foto: Divulgação.

Alla Prima é uma expressão italiana que poderia ser traduzida como “à primeira”, ou “de primeira”. É utilizada para designar uma técnica ou estilo de pintura na qual a tinta é aplicada diretamente na base escolhida, sem estudos nem preparação, e o resultado final é atingido após uma única aplicação, sem retoques do artista. Praticada a partir do século XVII, originalmente com tinta a óleo, a pintura é realizada e terminada enquanto a tinta ainda está fresca.

Batucada, Looping e multidão

22 de dezembro de 2016 Críticas

 

Faço neste ensaio um exercício crítico sobre duas performances apresentadas durante o Festival Panorama da Dança 2016: Batucada, de Marcelo Evelin; e Looping: Bahia Overdub, de Felipe de Assis, Rita Aquino e Leonardo França. O exercício é uma tentativa de conversar com algumas proposições artísticas da dança contemporânea que abrem espaços para uma participação diferenciada do espectador, de modo que esta abertura não se configure como simples figuração, mas como fusão de fato, com e na obra. Este fato estético não está apartado da realidade nem do momento político em que vivemos, no qual alguns direitos que pareciam assegurados têm sido sistematicamente ameaçados por medidas de exceção que atingem as conquistas do passado. A criação artística, neste sentido, parece acender seus sinais de alerta para, de diferentes maneiras, inventar outras formas de vida e de arte que incluem uma percepção social mais aguda.

Inicio pela primeira proposição, fazendo antes um relato que contextualiza o encontro com a obra.

Acidentes poéticos na topografia carioca

30 de junho de 2014 Críticas

Vol. VII, nº 62, junho de 2014

Resumo: Este artigo analisa a performance O Confete da Índia, de André Masseno, focalizando seus deslocamentos de tempo e espaço, que reconfiguram a percepção de uma topografia poética no Rio de Janeiro. Atravessada pelo contexto social e cultural do desbunde, nos anos 1970, pela atuação de ícones das linguagens musical, teatral e fotográfica, a performance relê tais referências, trazendo à cena contemporânea uma proposição singular: o desbunde num mundo sem desbunde.

Palavras-chave: êxtase, corpo, desbunde

Abstract: This article analyzes the performance O Confete da Índia, by André Masseno, focusing their time and space dislocations, which refigure the perception of a poetic topography in Rio de Janeiro. Crossed by the social and cultural context of the desbunde era, in the years 1970, by acting icons of musical, theatrical and photographic languages, the performance reread such references, bringing to contemporary scene a singular proposition: the desbunde era in a world without desbunde.

Keywords: extasis, body, desbunde

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Questão de Crítica

A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

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