Ser travesti não precisa ser sempre uma barra pesadíssima!

Pensamentos a partir (e para além, mas com) da obra em processo Wonder! Vem pra barra pesada, realizada nas comemorações do Dia da Visibilidade Trans, em 2021, do projeto CASA 1

12 de setembro de 2021 Críticas

 

“Por que eu tenho que parecer hétero?
 Por que eu tenho de parecer mulher?
                eu não posso parecer uma caminhoneira, um caminhoneiro?
                                         Por que eu não posso ser travesti?”
(Claudia Wonder, 2009)[1]

 

É uma barra MUITO pesada ser travesti e estar viva (e atuante) nesse país que, mesmo antes de um presidente genocida, já liderava o ranking sendo o que mais mata pessoas trans em todo o mundo: o foco maior é em travestis, sobretudo pretas e em situações de rua, prostituição e alta vulnerabilidade social.

Fazer-se, atuar, reivindicar, é, não só arte, política. Eu, que escrevo esse texto, e as outras que transcrevo nesse esboço crítico, somos, antes de mais nada, o sonho de conquista revolucionária das que aqui estavam antes da violência chamada de Descoberta a partir da Portugal colonial chegar, e também das que, como Xica Manicongo[2], foram escravizadas e aqui, longe de suas terras originárias, obrigadas a serem quem não são, ultrajadas. Somos também a continuação da existência das que resistiram à Operação Tarântula[3] e à Ditadura Militar. Ser travesti é assumir-se contra um projeto de mundo processualmente construído para nos matar… Mas é também ativar uma força ancestral de poder e glória contra um CIStema que cega a todos e todas fazendo com que trabalhem em prol de ver-nos mortas, apagadas. É necessário então, para que sigamos produzidas-produtivas e vivas-ativas, que reergamos o nosso projeto de mundo, contrário ao imundo projeto precário e caduco, mas ativamente potente, branco-europeu-cis-colonial e binário que vem, ao longo de séculos, nos apagando, afastando e arrancando, literalmente, o nosso sangue. Para isso, se faz necessário conhecer e exaltar as que estiveram aqui antes de nós e reconhecer e estimular as potências das que ainda seguem vivas aqui.

 A BARRA É PESADA, BABY!

E é pra ela que te convido a ir comigo, em um processo teatral-cênico, e pelo dito anteriormente, não só artístico, mas multidisciplinar e político. Um procedimento de cena em construção que adentrou, e vem adentrando, a quarentena oriunda da pandemia, e refazendo-se de outras formas possíveis, para em breve abraçar seu lugar desejado e originário, a feitura teatral: cara a cara, olho no olho, sangue e suor. É óbvio que isso que chamei de “feitura teatral” foi afetado pelos procedimentos utilizados para que a obra continuasse viva e pulsante (como nossas corpas trans nesse Brasil pandêmico e alucinante) em manutenção-construção, nos anos de 2020 e 21: a utilização de câmeras, internet, uma performance, e plateia, expandida por telas de tablets, celulares, no YouTube, com falta de conexão ou não, online.

Na primeira vez que obtenho contato com esse procedimento cênico, é a partir de algo que muito falta para corpos trans, nesse contexto já mencionado ao início desse processo-texto: CASA. Mas não falamos de uma casa fixa e vinda de processos compulsórios advindos da cis-hetero norma. O CASA 1, um importante centro de acolhimento LGBTQIA+ na cidade de São Paulo, produz um evento que acolheu, dentre outros processos artísticos, o espetáculo mencionado e em metamorfose e ebulição. Este espaço, e o projeto no qual assisti à obra para a qual venho aqui escrever, é sobre resistência, mas (muito importa falar sobre isso) também sobre acolhimento e proteção.

Com curadoria e apresentação da atuante atriz e transpóloga Renata Carvalho[4], o evento foi transmitido  ao vivo pelo YouTube do projeto CASA 1. Além desse dia, o evento contou, em seus dias próximos, com uma grande variedade de oficinas online nas páginas sociais do projeto. Mas voltemos para a data específica do espetáculo, para o 29 de janeiro de 2021, o Dia da Visibilidade Trans (fazendo importante lembrar que tal dia é um marco de conquista para a população T que, em 2004, conquistou esse espaço na agenda nacional, reivindicando-o em Brasília).

O dia da nossa visibilidade é marcado então por essa presença ativa de Renata Carvalho, que convida à cena as cantoras Danna Lisboa e Alice Guel em pocket shows de aproximadamente 40 minutos. Danna abre o show com seu vigor e brilho para além das estatísticas nefastas que cercam as nossas vivências travestis: ela conta ter vivido recentemente um ato violento por um parente próximo que não respeita sua identidade de gênero, um caminho tortuoso, o da transfobia, trilhado mesmo por nós, artistas, vigorosas e atuantes.

“Deixa meu corpo dançar, o sol nasce amanhã e as coisas vão mudar”[5]

É essa frase-pedido com a qual Alice Guel encerra uma de suas músicas, não só pedindo para essas violências cessarem e as artistas-pessoas-gatas poderem viver tranquilamente nesse país-máquina de assasin@s transfobic@s, mas também dando fim à sequência de shows e abrindo o palco para o espetáculo Wonder! Vem pra barra pesada.

Cena de Wonder! Vem pra barra pesada. Foto: Coletiva Wonder.
Cena de Wonder! Vem pra barra pesada. Foto: Coletiva Wonder.

A música “Walk on The Wild Side”, de Lou Red, é traduzida para “Vem pra barra pesada” e cantada pela banda Truque Sujo, e pode ser vista em um trecho de “Temporada de caça” (1988), documentário de  Rita Moreira que retrata a perseguição às pessoas trans nas cidades de Rio de Janeiro e de São Paulo durante a década de 80. A banda de rock alternativo mencionada é composta pela vocalista Claudia Wonder, pessoa existente entre as décadas de 50 até a primeira dos anos 2000, e também personagem principal da obra cênica que me faz escrever essa resenha afetuosa de pesquisadora trans-artista no 2021 atual.

Claudia foi uma multiartista brasileira, falecida 11 anos antes da feitura deste processo-esboço-crítico(?)-textual, tendo feito-escrito seu livro Olhares de Claudia Wonder: crônicas e outras histórias. Voltemos então os olhares, não os de Claudia, mas os nossos, para um de seus trabalhos na cena underground da São Paulo dos anos 80: O vômito do mito. Neste vômito, buscava-se vomitar um mito que já atrapalhara existências trans décadas antes do “mito” que atualmente (des)governa nosso país atuando de forma torpe na (des)presidência da república. Segundo ela mesma, busca-se com essa performance vomitar na cara do público que artistas trans não podem só fazer shows de dublagem, mas gritarem, e até vomitarem (ou atuarem, cantarem, escreverem…) com suas-nossas próprias vozes. No subsolo da antiga e conhecida e já extinta boate Madame Satã[6], ela saía despida de uma banheira de “sangue” (groselha), jogando o líquido espesso e vermelho no público. Tudo isso em uma época em que o sangue, sobretudo o de pessoas LGBs e Trans, era visto com repulsa, pelo início da epidemia de HIV-AIDS nos anos 80. Tal feito-ato-cena-performance é não só recordado e trazido à cena, mas re-trabalhado ou re-talhado, assim como em todo o espetáculo presente: não se atua Claudia, mas se traz a performer para o debate público, em cena, não só de frente mas COM o público, pela artista Wallie Ruy (atuadora potente e importante para a (re) existência trans-travesti na história que nós estamos escrevendo com essa cena-texto-música da atualidade).

A “cena da banheira”, assim como todas as outras, são trazidas nesta noite de projeto da CASA 1 no espaço do Teatro Oficina, grupo no qual Claudia Wonder atuou em O homem e o cavalo, substituindo a atriz Sônia Braga com a personagem Verdade. O figurino e maquiagem de Wonder em tal espetáculo, são não só copiados, mas apropriados em determinada cena em uma fruição, ou talvez MARAVILHOSA confusão, de Wallie e Wonder em cena, o antes e o agora. Importante destacar o trabalho de figurino e concepção de Gustavo de Carvalho que auxiliam nesta concatenação de passado-presente, cena-performance, assim como a dramaturgia e direção de Rafael Carvalho em parceria com a potente atuadora em cena.

 

Cena de wonder! Vem pra barra pesada. Foto: Amanda Clemente.
Cena de wonder! Vem pra barra pesada. Foto: Amanda Clemente.

Ainda sobre sua atuação (de Claudia) no Teatro Oficina, ela trabalhou em um projeto que visava trazer grandes textos teatrais proibidos na época da Ditadura Militar, tendo ela atuado em um deles com autoria de Oswald de Andrade e direção de Zé Celso. Seu diretor traz uma série de depoimentos em um filme-documentário realizado para homenagear sua vida-carreira: “Meu Amigo Claudia”. O título do filme faz menção à crônica homônima de Caio Fernando Abreu, amigo e entusiasta da carreira de claudiA. E sim, deixando para traz a consideração e amizade que ela tinha com o escritor e o apreço pelos idealizadores do filme, compreendendo que, até bem poucas décadas atrás, até a própria performer se referia a nós travestis como OS-ELES. Hoje avançamos um tanto politicamente e já reivindicamos nossa identidade feminina e os pronomes ELA-DELA. Por isso a importância de claudiA ser amigA e nao amigO!

Na Guerrilha Travolaka, nós acreditamos no poder da visibilidade, de falar sobre nosso corpo, de nossa diferença e das mil e uma identidades que se escondem debaixo do mesmo rótulo: trans” (…) “queremos nos apoderar do gênero, redefinir nossos corpos e criar redes comunicativas livres e abertas para nos desenvolver, nas quais qualquer um possa construir seus mecanismos contra as pressões de gênero…[7]

Tais trechos, assim como alguns outros, são lidos em cena pela atriz-performer Wallie e foram escritos pela personagem-performer Wonder. A escritora Claudia é lida em cena pela atriz que segura o seu-dela livro afirmando a presença da outra nesse nosso atual e construído tempo-espaço. A atriz do hoje lê a atriz do ontem e comenta que amigos dela relatam a importância de trazê-la a cena do agora. A atriz do presente escreve uma carta à atriz do passado e explicita sobre como hoje buscamos incluir a linguagem neutra, incluindo outros, outras e outres nessa cena-correspondência e ressurgência da que antes frequentara estes palcos, estas cenas, erguendo e construindo palcos sólidos para que nele pisássemos e saltássemos no hoje do agora, nesta ágora.

Para a construção dessa cena não estática, uma série de projeções e imagens sobressaltam as telas não exatas, não só as pelas quais entramos em contato com a arte teatral em tempos pandêmicos, mas as diversas dispostas pelo espaço nesta proposição cênica. Imagens de Claudia Wonder no espetáculo em que interpreta-atua a Verdade, mescladas a fotos de sua infância e/ou vida adulta, são plasmadas em Wallie, que se mistura a Wonder, cara-a-cara, com vigor e sem disfarce. A atriz transiciona cenicamente, sendo ela e a outra, com o jogo de luzes, projeções, trocas de figurinos e música ao vivo. Não se faz Claudia, se re-inventa uma Wonder em um fluxo contínuo, um abraço entre Wallie e a protagonista de uma peça que se faz como um ato de justiça para a proclamação de uma existência, nos palcos e fora deles, de uma existência travesti potente, viva e admirável. Eterna!

Eu não acredito em justiça… justiça é uma invenção cultural”… diz o diretor do Teatro Oficina Zé Celso, em depoimento no filme Temporada de Caça, mencionado alguns parágrafos atrás,  falando sobre a homofobia incutida no assassinato de seu irmão (homossexual) na década de 80.[8] Tal depoimento não é trazido à cena, mas absorvido pela escritora travesti que transcreve esse texto que você agora lê, nas pesquisas que realizei para sobre a peça-processo escrever… Trazer algo que recorde a perseguição a gays, homossexuais masculinos, nos anos 80, é, talvez questionar o quanto os direitos, e o imaginário social, relacionados à letra G da nossa sigla, vem evoluindo ao longo das décadas e o quanto a letra T ainda galga espaços a passos largos e enfrentando dificuldades em todos os espaços sociais, incluindo as artes da cena. Conta-se nos dedos quantas atrizes trans sobem-subiram a esse palco onde já se pisou Wonder e hoje Ruy, é um ato a ser comemorado, por elas pisarem ali, hoje com Renata, Alice e Danna, mas é preciso que se abra espaço para muitas (e muitos atores trans e/ou não-binários também), existirem nos palcos e na vida, não apenas como resistência nas ruas das cidades.

No documentário de onde desloco a fala de Zé Celso, uma série de imagens de homens gays ao longo da história é trazida à tela, para mostrar como a homossexualidade atravessa os séculos: Fernando Pessoa, Tennesse Willians, Platão, Shakespeare, Gogol, são alguns dos que estampam a tela. Mas, e os exemplos de travestis artistas e de sucesso social? Onde elas estiveram? Onde estão, onde estamos? VoCIS nos veem e nos deixam existir? Podemos, como travestis, existir em escolas, casas, hospitais… em barras menos pesadas que essas perpetuadas por uma sociedade violenta e que nos guiam-empurram para estatísticas e destinos (curtos e) fatais? Parece-me importante recordar que logo após dissertar sobre a frase que abre este parágrafo, no filme mencionado, Zé Celso discorre sobre a vontade de abrir a Universidade Antropofágica, espaço inaugurado anos depois da gravação, no lugar onde concede a entrevista ao filme e onde também, nesta noite-dia da visibilidade trans, a atriz da atualidade atua de forma vigorosa sobre a partir-com a vida de Wonder, tendo ela Wallie, sido também integrante da mencionada e fundada antropofágica universidade. Passado-Desejo-Futuro-Permanente.

Travestis resistindo (ontem e) hoje, para no amanhã existir e ser sempre!

No início deste texto, evocamos as travestilidades desta terra em suas origens e intercâmbios, mas também falamos de feitos dos anos 80 e 90, época em que travestis foram altamente perseguidas pelas ruas das cidades brasileiras. Já Claudia nos remete à época de sua existência atuante, entre os anos 70 e 2000, e Wallie Ruy a nossa atualidade. Este ato-cena-processo pode ser lido como um abraço entre o ontem e o hoje, um abraço que reverbera em tantas outras e que, ao ver, berra nas que nos vêem-lêem e vivem no amanhã. O esboço-cênico intitulado Wonder! Vem pra barra pesada, ganhador do prêmio Suzy Capó no Festival MIX Brasil em 2020, entrará em cartaz no ano de 2022 por ter sido uma das vencedoras do prêmio Zé Renato de Teatro Paulista. Mas essa escrita atenta se dá, também, com o intuito de plasmar nesta revista este ato cênico e político e de que o hoje já seja no amanhã um passado…  que no futuro mais Claudias sejam retratadas e mais Wallies em cena, atuantes e premiadas. Que mais Marias escrevam, que mais travas sejam amadas, vistas, lidas, virtuosas, potentes e premiadas.

Ao fim do Dia da Visibilidade Trans de 2021, o primeiro (e esperamos que último) em meio à quarentena devida à pandemia de coronavírus, todas as artistas convidadas pelo evento da CASA 1 retornam ao palco e, juntas de Wonder-Wallie, entoam a canção “Oração”, da cantora e atriz Linn da Quebrada.

Que amem
Que amem as travas
Amem as travas também…”[9]

Um pedido de amor, um ato de afeto em meio a tanta arte-vida, mas também a tanta dor. Uma lembrança para que nós travas nos protejamos, não só do vírus, mas da transfobia. A barra pode estar pesadíssima, mas o corpo de Wonder nessa noite, trazido e revelado pelo olhar e corpa de Wallie, se (re)faz como um convite: contar a história de uma travesti multiartista da cena da São Paulo underground, dos 80 aos 2000, é um alerta de que somos potentes em nossas multiplicidades, que nos multipliquemos e gritemos-atuemos-cantemos-escreverNÓS.

Cena de Wonder! Vem pra barra pesada. Foto: Coletiva Wonder.
Cena de Wonder! Vem pra barra pesada. Foto: Coletiva Wonder.

Talvez esse texto, antes (MUITO ANTES) de uma crítica, seja um convite.

Eu-nós voz dizemos:

Hey honey,

Take a walk on the barra pesada?

E talvez para te mostrar o quão pesado é ser trava, mas também para juntas, nosotras vivermos também de leveza e comunhão com as do antes e do agora para que amanhã tenhamos 1, 2, 3, 4 mil CASAS com acolhimentos e proteções e que produzam e promovam vida (y arte) para tantas outras Marias, Wallies, Claudias, Renatas, Dannas, Alices…

Sejamos vivas e maravilhosas

Estejamos em vida-cena em WONDER’s.

Referências

Documentário Temporada de caça: https://www.youtube.com/watch?v=rjan_Yd0C5g

Documentário Meu amigo Claudia: https://www.youtube.com/watch?v=DKTTu-ORBy4

Sobre a CASA 1: https://www.casaum.org/

Sobre o Teatro Oficina: https://teatroficina.com/

Danna Lisboa: https://www.instagram.com/dannalisboa/?hl=pt-br

Alice Guel: https://www.instagram.com/aliceguel_/?hl=pt-br

Notas

[1] Fala de Claudia Wonder no filme “Meu Amigo Claudia”.

[2] Xica Manicongo é tida como a primeira travesti de que se possui registro na história do Brasil. Oriunda do Congo e vinda para o Brasil como sujeita escravizada, sofreu uma anulação de sua forma de viver em sociedade, por vestir-se como do gênero entendido como feminino e, também, pela sua religiosidade. Foi condenada pelos Tribunais do Santo Ofício pelo crime intitulado de Sodomia.

[3] Operação Tarântula foi uma violência urbana organizada pela polícia de São Paulo na década de  1980, que rondava as ruas da cidade assassinando travestis que pelas ruas estivessem.

[4] Renata Carvalho, atriz do espetáculo “O Evangelho Segundo Jesus: Rainha do Céu”, dentre outros, é uma das pessoas à frente do MONART, movimento de artistas trans brasileiros que visam maior representatividade-empregabilidade nas artes para pessoas trans e o fim do ato do transfake (que se dá quando artistas cisgêneros interpretam personagens trans, corroborando com o preconceito e com a falta de empregabilidade de pessoas transgêneras).

[5] Trecho de “Dançarê” música do álbum “Alice em Frente ao Espelho” de Alice Guel.

[6]  Madame Satã foi uma bixa-travesty Pernambucana que viveu no bairro da Lapa (Centro do Rio de Janeiro), descendente direta de escravizados africanos, foi performer e desobediente de gênero nas primeiras décadas do século XXI.  Já a boate que leva o nome da artista, é um recôndito alternativo e LGBTQIA+ de grande sucesso entre artistas da cena underground da cidade de São Paulo na década de 80, tendo fechado suas portas em 2009 e retornado à atividade em 2012, agora chamada apenas Madame.

[7] Livro Olhares de Claudia Wonder: crônicas e outras histórias, p. 71-73.

[8] Luís Antônio Martinez Corrêa, irmão de Zé Celso, foi um diretor de teatro e um dos principais colaboradores do Teatro Oficina. Foi brutalmente assassinado em um momento em que ocorria uma onda grande de mortes violentas de pessoas LGBT+ no Brasil, durante os anos 80.

[9] Trecho da música “Oração”, de Linn da Quebrada.

 

Maria Lucas é uma artista e pesquisadora carioca.

Vol. XIII nº 72, setembro a novembro de 2021

Foto em destaque: Carla Carniel.

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