Tag: emanuel aragão

Traços de um mapeamento afetivo

26 de dezembro de 2011 Críticas
Foto: Divulgação.

Susuné, recente pesquisa cênica da atriz Carolina Virgüez, sob a direção de Antônio Karnewale, é uma potência, é uma necessidade de transformar o espaço de atuação numa área de livre trânsito, onde os vetores da memória são lançados nas mais variadas direções, onde se concentram fluxos alternados de temporalidade, resgate e recriação do passado, densidades, sonoridades e ritmos de voz, de som e de fala estrangeiros. Trata-se de um solo em que se denota uma inquietação bastante peculiar da atriz na concepção e realização de um projeto autoral, no sentido de trazer, para o plano estético, elementos que entrelaçam à ficção muito de sua vida particular, onde a personagem se confunde com a sua intérprete, ou melhor dizendo, onde a intérprete se coloca na situação de personagem de sua própria existência, tanto na Colômbia, país de origem de Virgüez, como no Brasil.

Entre o ruído e o esvaziamento

10 de fevereiro de 2009 Críticas
Foto: divulgação.

A experiência de arte da linguagem teatral parece estar sempre de um certo modo atravessando as noções de ficção e  de realidade. O teatro tem um estatuto duplo – a presença e o remetimento para outra cena. Isso constitui um modo de estar no tempo sempre complexo e paradoxal. O teatro contemporâneo investiga esse paradoxo e, por vezes, pode abrir uma clareira na qual o espectador, por meio da construção artificial que se dá, tenha a experiência de um mais puro real, ou seja, de um aqui e agora recheado de temporalidades distintas. Do modo como eu percebo, o espetáculo Um homem e três janelas, realizado pela Companhia de Teatro das Inutilezas, dá a ver uma cena que promove um trânsito por essas noções.

Newsletter

Edições Anteriores

Questão de Crítica

A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

Edições Anteriores