Autor Questão de Crítica

Cenografia

10 de maio de 2009 Conversas
Desenho para o cenário da peça Quartos de Tennessee

A conversa com Aurora dos Campos foi realizada em fevereiro de 2009 por Daniel Schenker, Daniele Avila Small e Dinah Cesare.

DANIELE AVILA – Eu não sei se vi todos os trabalhos que você fez. Eu vi Quartos de Tennesse , A forma das coisas, Ele precisa começar e O estrangeiro.

DANIEL SCHENKER – Foram os que eu vi também.

AURORA DOS CAMPOS – Eu não fiz muito mais do que isso. Eu fiz também Contando Machado de Assis do Antônio Gilberto. Nem tem tanto trabalho, eu tô começando mesmo.

DINAH CESARE – Uma das coisas que a gente tinha pensado em falar é sobre você – saber um pouco da sua formação de cenógrafa.

Vol. II, nº 14, abril de 2009

25 de abril de 2009 Editoriais

A edição de abril de 2009 da revista Questão de Crítica dá início a uma forma mais dinâmica de postagem de textos. A partir desta edição, os artigos são publicados desde o início do mês, mesmo que não esteja pronta uma edição completa. A intenção desta mudança é a de tornar a atualização do site mais ágil. Começamos publicando uma crítica de um espetáculo discutido anteriormente na edição de julho de 2008: Fragments, que reúne textos curtos de Samuel Beckett com a direção de Peter Brook. Desta vez, a peça foi analisada por Tales Frey sob a perspectiva de suas recentes apresentações em Portugal, na cidade de Guimarães.

Também publicamos a crítica de Dâmaris Grün para a peça DJ, criação de Thierry Tremoroux e da Cia D a partir de referências sobre Don Juan; e um artigo de Marcos Damigo que aproxima a montagem de Maria Stuart de Friedrich Schiller por Marco Antonio Braz e o espetáculo Rainha[(s)], criado por Cibele Forjaz com as atrizes Georgette Fadel e Isabel Teixeira em São Paulo, analisado na edição de dezembro de 2008.

In on it, peça de Daniel MacIvor dirigida por Enrique Diaz, atualmente em cartaz no Oi Futuro, é analisada por Daniel Schenker. De Porto Alegre, Helena Mello faz a crítica do espetáculo Tá e aí? Da companhia gaúcha Clube da Patifaria.

A seção de estudos traz um texto sobre a relação do espaço do Teatro Oficina Uzyna Uzona com a arquitetura de Lina Bo Bardi. O texto é parte de um estudo mais amplo de Viviane Soledade sobre o Teatro Oficina. Esta edição também traz uma tradução de Wilson Coelho para uma entrevista realizada por Alain e Odette Virmaux com uma amiga anônima de Artaud.

Colaboraram nesta edição:

Dâmaris Grün, Daniel Schenker, Daniele Avila, Dinah Cesare, Helena Mello, Marcos Damigo, Tales Frey, Viviane Soledade e Wilson Coelho.

Editoras:

Daniele Avila Small e Dinah Cesare.

Questão de Crítica – revista eletrônica de críticas e estudos teatrais

ISSN 1983-0300
Vol. II, nº 14, abril de 2009

Vol. II, nº 13, março de 2009

25 de março de 2009 Editoriais

Em março de 2009 a Questão de Crítica completa o seu primeiro ano de atividade, com cerca de 14.000 visitantes de mais de 260 cidades no Brasil e 40 países no mundo. Foram mais de 120 textos publicados, nas seções de críticas, conversas, estudos, processos e traduções. Em 12 meses, agregamos novos colaboradores e começamos a publicar críticas de espetáculos de fora do Rio de Janeiro. A revista continua sendo, como se propôs no início, um lugar de pesquisa das possibilidades da crítica e pretende, com a continuidade do trabalho, se consolidar como um lugar de discussão livre e aberta sobre as artes cênicas dentro e fora do Rio de Janeiro.

Neste mês, publicamos críticas de espetáculos como A alma boa de Setsuan, de Bertold Brecht, com direção de Marco Antonio Braz, que está em turnê pelo Brasil; Negrinha, um trabalho do Grupo XIX de Teatro, de São Paulo, que faz temporada no Casarão Austregésilo de Athayde; e também da performance O outro beijo no Asfalto, da Cia Excessos, de Portugal.  Na seção de traduções, publicamos dois textos em formato de conversa: uma entrevista realizada com uma amiga de Antonin Artaud e um diálogo fictício entre um homem de teatro e o crítico francês Francisque Sarcey.

A seção de estudos traz os seguintes textos: Rasuras sobre o conceito de figura em Samuel Beckett, uma abordagem dos personagens desse autor de acordo com a noção de figura de Erich Auerbach; As funções do herói e do curinga em Arena conta Tiradentes, uma análise da crítica de Anatol Rosenfeld para esse espetáculo, além de uma resenha do livro A mulher e o teatro brasileiro do século XX. Publicamos ainda uma conversa com Carla Faour, atriz e dramaturga atualmente em cartaz com a peça A arte de escutar. Ao longo do mês, continuaremos a atualizar o site com outros artigos, como o texto sobre o processo da peça Rock’n’Roll, de Tom Stoppard, dirigida por Felipe Vidal e Tato Consorti, que estréia no fim de março no Festival de Curitiba.

A partir de abril, vamos experimentar uma forma mais dinâmica de atualização do site, disponibilizando textos desde o início de cada mês, sem esperar que uma edição fique pronta para que os textos sejam publicados.

Colaboraram nesta edição:

Daniel Schenker, Daniele Avila, Dinah Cesare, Edelcio Mostaço, Fabio Ferreira, Helena Mello e Michelle Nicié.

Editores:

Daniele Avila Small e Dinah Cesare.

Questão de Crítica – revista eletrônica de críticas e estudos teatrais

ISSN 1983-0300
Vol. II, nº 13, março de 2009

Vol. II, nº 12, fevereiro de 2009

25 de fevereiro de 2009 Editoriais

Na edição de fevereiro de 2009, a revista Questão de Crítica traz textos sobre peças do Rio de Janeiro e de outras cidades. Analisamos Dois irmãos, texto do dramaturgo italiano Fausto Paravidino, com direção de Michel Blois e Cynthia Reis, que fez temporada numa galeria de arte, no Rio de Janeiro, e ficará em cartaz em São Paulo no mês de março. Também publicamos uma crítica da montagem paulista da peça O assalto, de Zé Vicente, dirigida por Marcelo Drummond, que fez curta temporada no Rio; e da peça Quase para sempre, de Bosco Brasil, na encenação de Roberto Souza, montagem que partiu do ambiente universitário e fez algumas apresentações no SESC.

Outras peças do circuito carioca que recebem críticas na edição desse mês são: O estrangeiro, do romance de Albert Camus, com Guilherme Leme e direção de Vera Holtz; e Um homem e três janelas, peça dirigida por Emanuel Aragão, cujo processo de criação foi acompanhado pela Questão de Crítica na edição de maio de 2008.

Neste mês, publicamos análises de duas produções de Vitória, no Espírito Santo: O grande circo ínfimo, do grupo Z de Teatro, com texto e direção de Fernando Marques, e O Figurante Invisível, do Grupo Quintal, texto de Romário Borelli e direção de Telma Smith. De Porto Alegre, analisamos a montagem de A comédia dos erros, de William Shakespeare, com a Cia Stravaganza, direção de Adriana Mottola.

A seção de estudostraz um texto sobre algumas peças de Martins Pena. Também publicamos uma conversacom Sérgio de Carvalho, diretor da Cia do Latão, que esteve no Rio de Janeiro para o lançamento de dois livros sobre o trabalho do grupo e para apresentar o experimento videocênico Entre o céu e a terra. Na conversa com Sérgio de Carvalho, discutimos assuntos pertinentes à pesquisa que a Questão de crítica pretende fazer, não apenas quanto à atividade da crítica, mas principalmente quanto à perspectiva crítica e teórica da criação artística.

Colaboraram nesta edição:

Dâmaris Grün, Daniel Schenker, Daniele Avila, Dinah Cesare, Helena Mello, Mariana Barcelos, Moisés Bittencourt e Wilson Coelho.

Editores:

Daniele Avila Small, Dinah Cesare e Marcio Freitas.

Questão de Crítica – revista eletrônica de críticas e estudos teatrais

ISSN 1983-0300
Vol. II, nº 12, fevereiro de 2009

Atuação crítica

10 de fevereiro de 2009 Conversas
Foto da peça O círculo de giz caucasiano

A conversa com Sérgio de Carvalho foi realizada no dia 5 de fevereiro por Daniel Schenker, Daniele Avila, Isabel Pacheco e Michelle Nicié. Sérgio de Carvalho é diretor da Cia do Latão, de São Paulo, e esteve no Rio de Janeiro por ocasião do lançamento dos livros Introdução ao teatro dialético e Atuação crítica.

ISABEL PACHECO – Vendo o trabalho e a trajetória de vocês eu vejo que há uma reflexão crítica acerca da sociedade, da história. Como surgiu isso, a idéia dessa busca por esse caminho?

SÉRGIO DE CARVALHO – Desde o início, existe uma certa dimensão teórica no trabalho teatral que eu pretendia desenvolver e depois isso se impregnou no trabalho do Latão. Eu vim da dramaturgia pra direção. De início eu nunca pensava que eu ia dirigir teatro. Eu achei que ia ser teórico e um dramaturgo bissexto. Depois até imaginei ser dramaturgo, mais regular. E eu passei a dirigir meio acidentalmente, por circunstâncias da vida. Mas eu sempre entendi a direção como algo que fosse crítico, reflexivo. Tanto que a pré-história da Cia do Latão tá no espetáculo Ensaio para Danton – baseado na Morte de Danton do Buchner – mas era ensaio no sentido de ensaio teórico, não só de ensaio teatral, a gente pensava em fazer um recorte crítico em cena, uma cena crítica. E o trabalho seguinte, o Ensaio sobre o Latão, foi em cima da teoria do Brecht, da Compra do Latão do Brecht. Então isso foi uma questão de, de certo modo, balizou o grupo – a procura de uma cena teórica, uma cena teorizante, reflexiva de algum jeito. Claro: não uma cena discursiva, mas uma cena que pusesse questões intelectuais pra quem ta vendo. E, num segundo momento, esse tipo se reflexão se impregnou um pouco a partir do contato com Brecht, a partir de um certo retorno meu e do grupo ao marxismo, isso supriu um certo interesse pela forma contraditória, pelo jeito de olhar as coisas sempre pelo ângulo contraditório e não-resolvido, pela perspectiva menos idealista e mais material. Então a gente começou a ter esse gosto pelos fragmentos explosivos, que o espectador ficasse sem entender exatamente o que é… Isso foi configurando um padrão poético, aos poucos. Foi mais ou menos por aí. É engraçado que houve uma espécie de politização relativa do trabalho, mas depois, a partir desse campo formal, de interesses formais que a gente foi tendo de início.

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Questão de Crítica

A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

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