Tag: vadim nikitin

Era vidro e se quebrou ou um comentário sobre a peça

23 de fevereiro de 2013 Críticas
Elenco: Cácia Goulart, Inês Aranha, Edmilson Cordeiro, Joaquim Goulart e Bia Toledo. Foto: Divulgação.

Joaquim Goulart poderia ter escolhido mais um Plínio Marcos para levar à cena. Ele e seu Núcleo Caixa Preta também poderiam ter recapitulado a Medeia de Riaza, anos depois do fechamento do Teatro Augusta*. Ou, numa terceira via, poderiam ter empreendido levar ambas as peças, nalgum lugar entre a Boca do Lixo paulista e a Espanha pós-Revolução de Luis Riaza.

Mas, com a escrita de seu dramaturgo, Vadim Nikitin, O Abajur Lilás ou uma Medeia perdida na Augusta? recorre ao cruzamento dessas obras sobre o asfalto gasto de uma Rua Augusta (Rua Angústia?, como pergunta a certa altura o Ator ao seu Analista), para gerar uma quarta obra. São três as tramas a trafegar pelo fluxo intenso da rua paulistana: as duas obras citadas e cenas de uma sessão psicanalítica, que – segundo o diretor e ator Joaquim Goulart – têm carácter biográfico, e trazem para a cena questões inquietantes, latejantes a esse artista, também ex-proprietário do Teatro Augusta, casa que abrigou realizações teatrais frutos da parceria com sua irmã, a atriz Cácia Goulart. Essas escolhas fazem do espetáculo um exercício de espelhamento entre as duas peças atravessado por cenas da sessão psicanalítica.

O inalienável tempo do percurso

19 de julho de 2011 Críticas
Sergio Siviero e Aury Porto. Foto: Cacá Bernardes.

A peça O idiota – uma novela teatral foi criada por iniciativa dos fundadores da Mundana Companhia, de São Paulo, Aury Porto (que faz o Príncipe Míchkin e assina a adaptação) e Luah Guimarãez (Nastássia Filípovna, que assina colaboração dramatúrgica). A diretora Cibele Forjaz, da Cia Livre, também assina a dramaturgia, assim como Vadim Nikitin. Colaboraram ainda Elena Vássina e Boris Schnaidermann.

Newsletter

Edições Anteriores

Questão de Crítica

A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

Edições Anteriores