Tag: Primeiro amor

Duo Beckett

31 de março de 2014 Conversas
Cena de Moi Lui, do Projeto Beckett. Foto: Dalton Valerio.

O Projeto Beckett, idealizado por Ana Kfouri, põe em cena duas concepções de espetáculo, explorando o universo ficcional do autor de Godot.

A relação de Ana Kfouri e Isabel Cavalcanti com Beckett não é nova. Em meio à diversidade de projetos e atividades ao longo da carreira (as duas alternam as funções de atriz, diretora e pesquisadora) Samuel Beckett figura, na produção das artistas, de forma expressiva e recorrente.

Ana Kfouri, em 1989, estreou Ponto Limite, sua primeira, de muitas incursões, no universo beckettiano. O texto, escrito em parceria com Lu Grimaldi, contava com a direção de Paulo José e dialogava com a peça que tornou o autor conhecido mundialmente, Esperando Godot. Em 2000, foi a vez da encenação de O Gordo e O Magro Vão Para O Céu, de Paul Auster, autor americano, cujos trabalhos têm, como referência declarada, a obra de Samuel Beckett.

Lugar-memória, corpo-solidão

28 de dezembro de 2012 Críticas
Foto: Divulgação.

Entrar no teatro Poeirinha e mais uma vez ser recebida por um espaço modificado, por outra concepção cênica, que provoca aquela sensação rápida de lugar desconhecido, e que em poucos segundos a memória se organiza e reconhece. O Poeirinha (assim como as salas ditas alternativas) coloca o artista em contato com um espaço totalmente amorfo, e por isso, está sempre apresentando ao público um “lugar” novo. As criações que se apresentam neste espaço parecem surgir, ou se aventurar, por um lugar não definido, não caraterístico e sem similitude com outros espaços de representação. Escrito isto, penso que o espetáculo Primeiro amor, de Samuel Beckett, dirigido por Antonio Guedes, assim como o espaço cênico, nos coloca estes dois pontos para a percepção: o esforço da memória para se lembrar dos fatos vividos e a narrativa construída sobre o chão de um lugar qualquer.

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Questão de Crítica

A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

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