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A luz no lugar escuro
O espetáculo teatral O lugar escuro, dirigido por André Paes Leme e escrito por Heloisa Seixas, pretende lançar luz sobre um tema que vem ocupando a população mundial recentemente: o mal de Alzheimer. Com a ampliação da expectativa de vida dos idosos nos grandes centros, surge a demanda de se refletir acerca dos problemas pertencentes a esta fatia da sociedade.
O fato de a doença atingir em grande parte idosos, agindo sob o cérebro dos mesmos, apagando suas memórias e causando um quadro de demência, faz-nos observar uma representação da loucura distinta da esquizofrenia e de outras doenças neuropsicológicas que tocam pessoas mais moças, que, por vezes, já apresentam seus sintomas de insanidade desde o momento do nascimento.
Opções diante do relato pessoal
O lugar escuro nasceu como a canalização artística de experiências pessoais de Heloisa Seixas – primeiro transpostas para a literatura e agora adaptadas para a cena –, particularmente no que se refere à convivência dentro da esfera familiar com o Mal de Alzheimer. A autora propõe uma estrutura norteada pela reverberação da doença da mãe nas vidas de filha (personagem que simboliza a própria Heloisa) e, com mais suavidade, neta.