Tag: Roberto Alvim

Um jogo de poder entre a voz e o silêncio

25 de abril de 2016 Críticas

Vol. IX, nº 67 abril de 2016 :: Baixar edição completa em PDF

Resumo: Crítica da peça Caesar como construir um império, montagem que estreou em fevereiro no Espaço SESC, adaptação do clássico Julius Caesar de William Shakespeare com direção de Roberto Alvim. Trata-se de uma reflexão a partir das proposições geradas pela peça.

Palavras-chave: Julius Caesar, Roberto Alvim, William Shakespeare, Club Noir

Abstract: Review of Caesar como construir um império, the play which debuted in February at Espaço SESC, adaptation of the classic Julius Caesar by William Shakespeare, directed by Roberto Alvim. This is a reflection from the proposals generated by the play.

Keywords: Julius Caesar, Roberto Alvim, William Shakespeare, Club Noir

 

O momento atual da sociedade brasileira por si só justifica a encenação de um conflito de poder. Mais especificamente no que diz respeito ao pleito atual que divide o país de uma forma bastante simplificada, para não dizer fictícia, entre os defensores do governo e seus detratores, a encenação de Caesarcomo construir um império é bastante bem-vinda. Claro que estou apontando aqui nesta visão típica do maniqueísmo apenas uma vertente que se diz hegemônica no debate nacional fortemente incendiado e dirigido pelas mídias dominantes. Existem diversos outros fóruns em que a discussão política mostra seus contornos mais complexos. No entanto, a ideia de polaridade ilusória, expressa inclusive por discursos contraditórios que revelam distorções de base com desdobramentos em nossas vidas políticas, é um tema compartilhado entre a realidade de nosso tempo e a da peça Caesar.

Roberto Alvim e o futuro do drama

27 de agosto de 2013 Críticas
Foto: Divulgação.

“Orestes: Eu, o mesmo, outro. Outros. Deuses, venham e falem. Estamos todos ouvindo.”

Ésquilo, Oresteia segundo Roberto Alvim

Ao longo de 2012, enquanto Alexandre Costa e eu elaborávamos no Rio de Janeiro a tradução e a adaptação da Oréstia, de Ésquilo, para a montagem dirigida por Malu Galli e Bel Garcia, o diretor e dramaturgo Roberto Alvim preparava, em São Paulo, na sede da sua Cia. Club Noir, uma adaptação de todas as tragédias de Ésquilo que chegaram até nossos dias. Além da Oresteia, o projeto de Alvim previa a encenação de Sete contra Tebas, Prometeu acorrentado, Os persas e As suplicantes. Assim, em uma rara coincidência no teatro brasileiro, a única trilogia do teatro grego que chegou integralmente até nós acabou por estrear quase concomitantemente no Rio de Janeiro e em São Paulo, no final de 2012. Nem preciso mencionar a curiosidade que me mordia de ver como Alvim havia resolvido as dificuldades com que a “obra-prima das obras-primas”, no dizer de Goethe, confronta qualquer um que se proponha a encená-la contemporaneamente.

Um campo de invenção sob risco de réplica

27 de dezembro de 2012 Estudos

Desde 2009, Roberto Alvim vem desenvolvendo um trabalho de formação continuada em Curitiba, durante encontros semanais no Núcleo de Dramaturgia do Sesi PR – Teatro Guaíra, do qual é coordenador de conteúdo e orientador. Algumas das peças produzidas ao longo do projeto foram publicadas pela editora 7 Letras e outras já ganharam montagens – caso de Hyeronimus nas Masmorras, de Luiz Felipe Leprevost, que o próprio Alvim dirigiu na sede de sua companhia Club Noir, em São Paulo. Enquanto isso, em Curitiba os textos escritos nesses quatro anos continuavam praticamente inéditos, sem passar do papel ao palco.

Com a abertura de uma turma de formação de encenadores neste ano, foi possível estruturar a 1ª Mostra de Dramaturgia Sesi/PR – Teatro Guaíra, que se realizou entre novembro e dezembro. Textos saídos do núcleo de dramaturgia desencadearam espetáculos dirigidos pelos integrantes do núcleo de encenação, permitindo uma visão panorâmica da produção dos jovens artistas curitibanos envolvidos nos núcleos e da influência de Alvim sobre suas criações.

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Questão de Crítica

A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

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