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O valor da superficialidade em O Retrato de Dorian Gray

20 de maio de 2012 Estudos
Foto: Carol Beiriz

O presente artigo foi escrito para o debate do ciclo Encontro Pensamento, organizado pela Questão de Crítica em parceria com a Ocupação Complexo Duplo do Teatro Gláucio Gill. O debate for realizado em função da montagem da Companhia de Teatro Íntimo para o romance O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde. Participaram do debate: Masé Lemos e Tiago Leite.

Na passagem do século XIX para o século XX, o debate acerca do conflito de valores entre vida e arte, verdade e ficção, moralidade e prazer, gozava de grande popularidade entre artistas e intelectuais. Nessas polêmicas, era comum a apologia de uma arte hostil ao status quo, quase sempre representado pelas figuras do moralista cristão (católico ou calvinista) e do burguês filisteu. Assim, enquanto Baudelaire dizia: “O homem de letras é inimigo do mundo” (BAUDELAIRE apud GAY, 2009, p.30), Gautier reforçava o coro, afirmando que: “A arte serve apenas a si mesma – não à riqueza cúpida, não à Deus, não à pátria, não à auto-glorificação burguesa e certamente não ao progresso moral”(GAUTIER apud GAY, 2009, p.68). Foi nesse clima que Oscar Wilde escreveu O retrato de Dorian Gray.

Sobre beleza e juventude – O retrato de Dorian Gray

29 de março de 2012 Críticas
Foto: Carol Beiriz.

A Companhia de Teatro Íntimo, após realizar o interessante trabalho Oito solos acompanhados na programação da Ocupação Complexo Duplo no Teatro Gláucio Gill, em 2011, retorna ao palco principal do teatro com sua versão do famoso romance O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde. Dentro da perspectiva de encenação de um clássico da literatura para o palco, sua atualização a partir das singularidades e escolhas de um coletivo teatral, a Companhia de Teatro Íntimo traça um colorido panorama sobre a história do belo aristocrata inglês, Dorian Gray, que em troca de juventude e beleza eternas vê o ônus de suas ações transferidas à sua imagem, retratada pelo artista Basil Hallward. O mergulho da companhia e de seu diretor nessa montagem mostra um coletivo empenhado em traçar uma trajetória de pesquisa continuada, que procura a cada trabalho imprimir sua linguagem artística bem como uma perspectiva apropriada sobre a fonte literária.

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A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

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