Foto: divulgação

O trabalho experimental do Coletivo Improviso é tão profusamente multifacetado que desafia sua própria definição, até mesmo num mundo de performances interdisciplinares. Fundado por Enrique Diaz em 1998, o coletivo de nove dançarinos, atores, músicos e um videoartist, existe para facilitar encontros criativos entre artistas de tão variadas disciplinas e formações, para providenciar um espaço comum de oficinas, aprender uns com os outros, pesquisar potenciais novas formas de codificar material e engajar os espectadores. O resultado é uma cornucópia vibrante de movimento, imagem, som e texto, cintilante de sensualidade, riso, ironia e compaixão. Confesso que eu fiquei tão encantada, que fui ver duas vezes. O espetáculo acolhe o espectador com calor e generosidade, faz com que ele vá de encontro a uma exposição enérgica e ricamente texturada da fragmentação e da confusão humanas, para deixar a todos com uma profunda sensação de que tudo está conectado. Cada indivíduo também é uma molécula numa entidade vasta, orgânica e cósmica.