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Seis meses depois de ter visto a peça pela primeira vez e três meses depois da segunda oportunidade que tive de assistir a esse espetáculo, pude ler o texto escrito por Pedro Kosovski, em colaboração com o diretor, Marco André Nunes, e com o elenco da peça. O fim do ano, com sua demanda de retrospectivas, me fez pensar de novo em Outside, um musical noir, sobre o qual pensei em escrever algumas vezes. Além de apresentar trabalhos individuais muito bem sucedidos, como os figurinos de Flavio Graff e a direção musical de Felipe Storino, Outside ficou na minha memória como um espetáculo bastante atípico no teatro carioca, mesmo com a considerável diversidade das propostas artísticas da cidade: uma improvável mistura do gênero musical (tantas vezes frívolo e até apelativo) com questionamentos sérios sobre a arte contemporânea (mais comumente discutida em espetáculos de menores proporções).