O FESTLIP trouxe para o Rio de Janeiro espetáculos de cinco países nos quais a língua portuguesa é a mais difundida, apesar de não ser a única. Sob o pretexto de aproximar manifestações teatrais que falam o mesmo idioma, o festival tem como mote cinco características, que o material impresso divulga como estímulos para a curadoria – entre elas a igualdade e a diversidade. O encontro dessas cinco culturas bastante distintas no Brasil – três africanas, uma européia e uma local – é absolutamente rico e complexo, especialmente considerando a iniciativa do festival de manter todos os grupos sitiados pelas quase duas semanas que dura o festival, assistindo os espetáculos uns dos outros e participando juntos de oficinas ministradas por diretores brasileiros. É questionável, todavia, que se espere alcançar algum tipo de igualdade ou unidade – que não a lingüística – a partir desse encontro.