Como representar um mito? Como atualizá-lo? E um mito do peso e força de Don Juan, já amplamente explorado pela dramaturgia, literatura e cinema? Como trazê-lo à tona colocando suas questões de infidelidade, hedonismo, paixão, luxúria com um olhar que busca entendê-lo dentro dessa múltipla faceta? Como trazê-lo sob um olhar de julgamento? Ou sob um prisma que pretende compreendê-lo dentro de sua porção mais humana? É certo que são várias as possibilidades de dar a ver esse mito/homem/personagem na cena. Na montagem dirigida por Thierry Trémouroux e Cia D., em cartaz na Sala Multiuso do SESC Copacabana, o que vemos é um recorte do que pode vir a ser o mito Don Juan em suas mais diversas possibilidades de ser, sugerindo um ser multifacetado, inquieto e transgressor em certa medida.