Quando a pandemia da COVID-19 alcançou o Brasil, eu estava na cidade de São Paulo realizando a cobertura da sua Mostra Internacional de Teatro, a MIT-sp. Nos últimos dias do evento, convivemos com teatros fechando, espetáculos sendo cancelados ou alterando seus locais de apresentação. De volta a Belo Horizonte, em poucos dias tudo estava fechado. Aqueles haviam sido meus últimos espetáculos presenciais fotografados em 2020. Voltei a entrar em um teatro apenas no último mês de julho.

No primeiro momento, aproveitei para me debruçar sobre a edição do material da mostra, acreditando, como grande parte da população brasileira, que a quarentena imposta faria jus ao que seu nome sugeria. Uma parada nas atividades por algo em torno de 40 dias para, aos poucos, retomarmos o ritmo de trabalho. Com o passar tempo, fomos vendo que isso estava muito distante da dura realidade dos fatos.

Finalizada a organização das fotos da MIT, comecei a acompanhar pelo computador as primeiras experiências online que os artistas da cena vinham criando, pois com os teatros fechados, outros caminhos precisavam ser buscados. O momento estava dado à experimentação.

Mas e a fotografia?