Críticas

Polifônico

31 de março de 2012 Críticas
Foto: Divulgação.

Dando continuidade à sua pesquisa começada pela peça É só uma formalidade, a companhia Quatroloscinco, de Belo Horizonte, apresenta outro espetáculo que mescla as possibilidades de confluência entre a realidade e a ficção. Outro lado, apresentado no Teatro Cacilda Becker na Mostra Mambembão 2012, é uma peça que evoca as infinitas possibilidades existentes no caos quando se está diante de algo inevitável. Quatro personagens aprisionados em um bar, em tempos de guerra, lidam com o determinismo, procurando na ficção uma válvula de escape razoável.

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Sobre beleza e juventude – O retrato de Dorian Gray

29 de março de 2012 Críticas
Foto: Carol Beiriz.

A Companhia de Teatro Íntimo, após realizar o interessante trabalho Oito solos acompanhados na programação da Ocupação Complexo Duplo no Teatro Gláucio Gill, em 2011, retorna ao palco principal do teatro com sua versão do famoso romance O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde. Dentro da perspectiva de encenação de um clássico da literatura para o palco, sua atualização a partir das singularidades e escolhas de um coletivo teatral, a Companhia de Teatro Íntimo traça um colorido panorama sobre a história do belo aristocrata inglês, Dorian Gray, que em troca de juventude e beleza eternas vê o ônus de suas ações transferidas à sua imagem, retratada pelo artista Basil Hallward. O mergulho da companhia e de seu diretor nessa montagem mostra um coletivo empenhado em traçar uma trajetória de pesquisa continuada, que procura a cada trabalho imprimir sua linguagem artística bem como uma perspectiva apropriada sobre a fonte literária.

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A crítica, o artista e o intocável

29 de março de 2012 Críticas
Foto: Divulgação.

Uma história que fala do medo da exposição e o seu limite. O bom canário, texto do norte-americano Zacharias Helm, que esteve em cartaz no Teatro Poeira até o dia 4 de março, expõe a vida do casal Annie e Jack no momento em que os dois tentam lidar com um sucesso literário e um vício em anfetaminas.

Com direção de Rafaela Amado e Leonardo Netto, a peça começa com uma espécie de prólogo, no qual os atores caminham em torno de Flávia Zillo (Annie) que, parada no centro do palco, nem parece escutar as falas de seus companheiros de cena que ditam as características do que seria uma pessoa de personalidade fraca e vulnerável. Insistem em sublinhar a ideia de que “não é o mundo que é pesado demais”, mas sim algumas pessoas que não têm força para viver nele. E esses seres não são geniais, são “bundões”.

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Narrativa e intensidade dos afetos

29 de março de 2012 Críticas

O espetáculo Música para cortar os pulsos foi apresentado à plateia carioca, no mês de fevereiro, no Espaço SESC, em Copacabana. Depois de viajar por algumas capitais brasileiras, o grupo Empório de Teatro Sortido retorna ao mesmo bairro, no Teatro Gláucio Gill, no mês de abril, em mais um período de temporada.

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Olhar corrosivo em relação ao teatro nacional

29 de março de 2012 Críticas

O diretor Marcos Damaceno assina a dramaturgia de Árvores abatidas ou para Luís Mello, espetáculo apresentado dentro da programação do Mambembão 2012. É natural, dado o grau de intervenção no texto do austríaco Thomas Bernhard. Damaceno se serve da obra do autor, que descortina a hipocrisia imperante na aristocracia vienense e questiona a pertinência da perpetuação de um teatro capitaneado por atores ainda reverenciados como monstros sagrados, mas já destituídos de frescor. A montagem da Marcos Damaceno Companhia de Teatro parece ter surgido de um desejo de atualizar a discussão, de modo a suscitar uma reflexão sobre os rumos do fazer teatral.

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Questão de Crítica

A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

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