UMA PERFORMANCE CHAMADA LINHA: ENCONTROS COM O ENCONTRO PALESTRA DE ABERTURA COM ELEONORA FABIÃO

8 de abril, quarta-feira às 15h.

Nesta fala, Eleonora Fabião apresenta a performance Linha—trabalho que realizou com co-criadores em domicílios e ruas de Nova Iorque durante 2010/2011 e, atualmente, em andamento na cidade do Rio de Janeiro. Temas em questão: amizade política, anti-crime, corpo performativo, estética da precariedade, poéticas e políticas do encontro. 

FORMAÇÃO DE ARTISTAS DE TEATRO

MESA-REDONDA COM CELINA SODRÉ, GABRIELA LIRIO E RUY CORTEZ

Vídeo completo: https://vimeo.com/133106374

8 de abril, quarta-feira às 18h.

Cada participante vai apresentar uma fala sobre as condições e os problemas da formação de artistas de teatro do ponto de vista da sua experiência prática. A partir deste encontro e dos apontamentos levantados, pretende-se chegar a alguma proposição de ação e que o debate desencadeie uma continuidade no diálogo entre professores e escolas.

Celina Sodré, a partir de vinte anos de experiência com pedagogia na formação de atores e diretores, vai analisar o problema da necessidade do desmonte das articulações ilusórias, a respeito do fazer artístico, que levam os estudantes a buscar este tipo de formação profissional. Esta questão, que é ideológico/geracional, faz com que o processo formativo tenha que percorrer trajetórias inesperadas.

Gabriela Lirio vai abordar a formação do artista-pesquisador, a partir da experiência de criação do Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena da UFRJ, que coordena. O objetivo é provocar o debate sobre o ensino das artes cênicas, tendo como foco o hibridismo, a pluralidade e a intermedialidade como articuladores de uma cena expandida.

Ruy Cortez vai abordar aspectos da formação do ator a partir de sua experiência como pedagogo e pesquisador do Sistema Stanislavski. O objetivo é provocar uma reflexão crítica sobre as proposições poéticas, estéticas e éticas do encenador-pedagogo russo Konstantin Stanislavski, a partir de conceitos chave do Sistema.

QUESTÕES DE ENCENAÇÃO

MESA-REDONDA COM ANDRÉ CARREIRA, MARIA THAIS, MARCIO ABREU

Vídeo completo: https://vimeo.com/133518951

9 de abril, quinta-feira às 10h

Cada encenador vai apresentar um exercício crítico sobre o seu trabalho:

André Carreira vai abordar o processo de criação do espetáculo Das saborosas aventuras de Dom Quixote de la Mancha e seu fiel escudeiro Sancho Pança: um capítulo que poderia ter sido, com o Teatro que Roda, de Goiânia. O processo foi realizado considerando a premissa da Cidade como Dramaturgia, portanto, se estruturou a partir da experimentação dos espaços do centro da cidade de Goiânia.

Maria Thais vai falar sobre o processo de criação de Recusa, último espetáculo da Cia Teatro Balagan/SP. Recusa nasce de uma crise, de um desconforto, da necessidade de encontrar outros paradigmas para nortear uma investigação cênica em diálogo com práticas teatrais e culturais de diversas origens, e que evita pensar a cultura em termos de « em vez das raízes, a internacionalização » ou, ao contrario, « em vez da internacionalização, as raízes».

Marcio Abreu parte da ideia de que “a imagem jamais é uma realidade simples”, frase dita por Jacques Rancière no seu livro O destino das imagens. Rancière diz ainda que a imagem na arte não é uma exclusividade do visível, que existe o visível que não produz imagem, e existem imagens que são totalmente produzidas por palavras. A partir daí, Marcio fará algumas reflexões críticas sobre presença, escuta e relação numa abordagem transversal dos meus processos de criação mais recentes, como Vida, Esta Criança, Nômades, Krum e Projeto brasil.

QUESTÕES DE DRAMATURGIA

MESA-REDONDA COM ALEXANDRE DAL FARRA, GRACE PASSÔ E PEDRO KOSOVSKI

Vídeo completo: https://vimeo.com/133515979

9 de abril, quinta-feira às 14h

Cada dramaturgo vai apresentar um exercício crítico sobre o seu trabalho:

Alexandre Dal Farra vai abordar a relação entre o “tema” e a criação artística, a partir das seguintes questões: Como escrever sobre um tema prescrito? É possível escrever sobre o outro? Quando se torna possível a incorporação de projetos de outros no seu trabalho? Reflexões a partir das experiências com Cia Livre, Teatro da Vertigem, Grupo XIX: como o conteúdo pode se tornar forma?

Grace Passô, partindo das experiências da dramaturga com textos próprios e de terceiros, discute possibilidades para que dentro da complexa criação de uma obra teatral, a dramaturgia colabore para que o teatro seja uma experiência intencionalmente radical com o nosso tempo.

Pedro Kosovski vai falar sobre a escrita de Caranguejo Overdrive, que inaugura um exercício de geoficção, que flexiona narrativas, espaços e tempos distintos. O território em disputa é o mangue, cuja a extensão vai do Mangal de São Diogo (Rio de Janeiro, Cidade Nova, primeira metade do século 19) ao geógrafo Josué de Castro e o Manguebeat (Recife, décadas de 1960 e 1990).

 

MOSTRA DE TEATRO BRASILEIRO FILMADO
De 14 de abril a 19 de maio, terças às 18h.
A mostra pretende resgatar peças importantes da história do teatro brasileiro entre os anos 1970 e 2000 através de registros em vídeo de espetáculos conhecidos pela relevância das encenações. Serão realizados seis encontros, com projeções de peças filmadas, palestras com pesquisadores especializados e debates com o público.

 

Abertura: Fragmentos de O BALCÃO
14 de abril às 18h
Vídeo completo da palestra: https://vimeo.com/133203070
Montagem ontológica do texto de Jean Genet com direção de Victor Garcia. O espetáculo estreou em dezembro de 1969 no Teatro Ruth Escobar em São Paulo, com produção da própria Ruth Escobar, elenco numeroso e impressionante cenografia de Wladimir Pereira Cardoso, que implodiu a plateia do teatro para construir uma estrutura vertical de cerca de 20 metros.
Palestrante: Edelcio Mostaço

 

ARTAUD!
21 de abril às 18h
Vídeo completo da palestra: https://vimeo.com/133244671
Artaud!, monólogo com Rubens Corrêa, estreou em dezembro de 1986 no Teatro Ipanema, no Rio de Janeiro com direção de Ivan de Albuquerque. Ator e diretor, parceiros de longa data, assinam a adaptação, realizada com textos de Antonin Artaud traduzidos por Leyla Ribeiro. A peça, concebida para uma platéia de 50 lugares, ficou três anos em cartaz.
Palestrante: Leonardo Munk

 

A FILMAGEM DE ESPETÁCULOS: ENTRE MISSÃO HISTÓRICA E MORTE ANUNCIADA
Palestra de Luiz Fernando Ramos
28 de abril, às 15h
Vídeo completo da palestra: https://vimeo.com/134380018
O registro fílmico de espetáculos estabelece um território frágil, espremido entre a tradição fílmica, nascida do teatro, e a própria teatralidade, com sua especificidade ontológica irreversível de compromisso com o presente. Sem ser ainda cinema, e já não sendo mesmo teatro, ou performance ou dança ou instalação, ele mais arca com o luto das ações vivas perdidas do que se qualifica por enterrá-las consigo nos arquivos. Talvez, com o maior uso de projeções nas encenações e da memória dos processos, o registro de espetáculos encontre um ponto de fuga, podendo tornar-se, encenado, também, obra de arte.

 

MACUNAÍMA
28 de abril às 18h
Vídeo completo da palestra: https://vimeo.com/134343006
A montagem de Macunaíma foi realizada pelo diretor Antunes Filho a partir de uma longa pesquisa sobre o romance de Mário de Andrade. A peça estreou em setembro de 1978 no Theatro São Pedro, em São Paulo, e ficou quase dez anos em cartaz. A partir desta realização emblemática, forma-se o grupo Pau-Brasil, que depois de 1980 passa a se chamar Grupo Macunaíma.
Palestrante: Daniel Schenker

 

A MULHER CARIOCA AOS 22 ANOS
05 de maio às 18h
Vídeo completo da palestra: https://vimeo.com/134380026
Com o Centro de Construção e Demolição do Espetáculo, Aderbal Freire-Filho estreou em 1990 A mulher carioca aos 22 anos. A montagem proporcionou a reabertura do Teatro Gláucio Gill, no Rio de Janeiro, que estava desativado até ser ocupado pelo grupo liderado por Aderbal. A peça marcou o início do trabalho do diretor com a linguagem do romance em cena, que vai ganhar corpo a partir dos anos 1990.
Palestrante: Angela Leite Lopes

 

A BAO A QU – UM LANCE DE DADOS
12 de maio às 18h
Vídeo completo da palestra: https://vimeo.com/134978218
A peça da Cia dos Atores estreou em julho de 1990, no Espaço Cultural Sergio Porto no Rio de Janeiro, com direção de Enrique Diaz. O encenador também assinou a dramaturgia, elaborada durante o processo de ensaios, a partir de uma pesquisa sobre as obras de Borges e de Mallarmé. Foi com A Bao a Qu que o grupo passou a se apresentar como Cia dos Atores.
Palestrante: Fabio Cordeiro

 

APOCALIPSE 1,11
19 de maio às 18h
Vídeo completo da palestra: https://vimeo.com/134978198
Com direção e concepção de Antonio Araujo, o Teatro da Vertigem estreou Apocalipse 1,11 em janeiro de 2000. Com dramaturgia de Fernando Bonassi, este é o terceiro espetáculo da Trilogia Bíblica, que inclui as peças O paraíso perdido (1992) e O livro de Jó (1995). As montagens do grupo são realizadas em espaços não-convencionais, como esta, que estreou no Presídio do Hipódromo.
Palestrante: José Da Costa

 

A ARTE DA CRÍTICA
MINICURSO COM PATRICK PESSOA
De 22 de abril a 20 de maio – quartas das 14h às 17h
O curso apresentará os fundamentos histórico-filosóficos do conceito de crítica teatral e discutirá a forma do ensaio como suporte indispensável para a crítica teatral contemporânea, com o objetivo de fornecer uma base teórica consistente para a prática da crítica no presente. Além dessa discussão de cunho mais teórico, os interessados terão a oportunidade de escrever a crítica de um espetáculo em cartaz na cidade e de debatê-la com os colegas.
Inscrições: Mandar para email para espacosesc.faleconosco@sescrio.org.br , com currículo e carta de intenção, respondendo à pergunta: Por que tenho interesse em um curso sobre a arte da crítica teatral?
Prazo de inscrição: 10 de abril
Resultado: 15 de abril. Os selecionados serão informados por e-mail.
Ao final do minicurso, será emitido um certificado de participação.

 

FICHA TÉCNICA:
Curadoria: Daniele Avila Small e Dinah Cesare
Direção de produção: Tárik Puggina
Produção Executiva: Fernanda Alencar
Programação visual: Denize Barros
Registro em vídeo: Caraduá Produções
Registro em foto: Raphael Cassou
Marketing Digital: Laura Limp (Qtal Design)
Realização: Questão de Crítica e Nevaxca Produções
Patrocínio: Rumos Itaú Cultural
Idealização e elaboração do projeto: Daniele Avila Small
Parceria: Sesc

Para as demais atividades, não é preciso fazer inscrição. A distribuição de senhas será feita por ordem de chegada, no Espaço Sesc Copacabana.

Toda a programação é gratuita.

contato@questaodecritica.com.br
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Edições anteriores do Encontro Questão de Crítica :: http://www.questaodecritica.com.br/encontro/
Vídeos das edições anteriores :: https://vimeo.com/questaodecritica/videos

Questão de Crítica

A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.