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Dramaturgias

27 de dezembro de 2013 Estudos

A palavra “dramaturgia” tem uma série de significados e, cada vez mais, eles se ampliam e se superpõem, apontando para a história do teatro e também para as questões que animam a discussão estética contemporânea.

A acepção mais difundida do termo dramaturgia remete ao campo da escrita de peças para o teatro. Falamos da dramaturgia de uma época, usamos o termo para referir o conjunto de peças de um dado autor ou ainda para aludir aos recursos de composição utilizados em um dado texto dramático. Mas há outra acepção de dramaturgia que se liga prioritariamente à constituição de uma narrativa cênica, espetacular, e para a qual, em português do Brasil, dispomos também do termo dramaturgismo. É desta última significação que vamos aqui tratar, em seus contornos históricos e estéticos.

Ao abordar a dramaturgia será sempre de produção de sentido que vamos falar. Seja ao evocar Lessing, historicamente o primeiro Dramaturg, seja ao descrever as diferentes tarefas que um dramaturgista pode desempenhar, ou ainda ao refletir sobre a operação de pensamento inerente à criação artística.

Entre a naturalização necessária e a desnaturalização histórica

27 de dezembro de 2013 Estudos

Proponho, neste texto, uma reflexão sobre o lugar da crítica interna em companhias teatrais – lugar este que vem sendo nomeado, contemporaneamente, como dramaturgista. Tendo em vista a minha experiência na companhia Studio Stanislavski – companhia que participa da vida teatral carioca há mais de 20 anos sob a direção de Celina Sodré – e o meu interesse cada vez maior por textos, questões, autores e obras provenientes de uma sociologia da cultura (ou de uma história cultural), sugiro um debate que parta de algumas referências e modelos teóricos e proponha conjuntos de questões que podem ser pertinentes para este trabalho de crítica interna.

Inicio a reflexão com a referência que mais irá marcar este texto: Pierre Bourdieu, especialmente a partir de sua obra As regras da arte. Na última parte do livro, Bourdieu apresenta alguns mecanismos de análise muito usuais na área dos estudos sobre arte e cultura que, segundo ele, precisariam ser combatidos. Uma primeira, oriunda de uma tradição hegeliana, buscaria entender a produção das obras culturais a partir de grandes identidades sociais. A identidade (ou, para usarmos um termo caro à tradição intelectual alemã oitocentista, a “ideia”) produzida por diferentes povos seria a chave de explicação e interpretação de suas obras culturais e artísticas.

Dramaturgista

24 de junho de 2013 Estudos

Lo primero sería decir que mi actividad como dramaturgista es pionera absoluta en Chile, porque cuando oficialmente aparecí como tal (el 2004), ese “oficio” acá no existía. Lo segundo, mencionar que como tal, al operar como nexo entre todos los participantes en una puesta en escena y estar “adentro” y “afuera” a la vez, en nuestro medio local se requiere gran habilidad psicológica, para que todos se sientan aceptados, escuchados y valorados. Lo tercero, que cada puesta en escena tiene leyes propias, por lo cual no tengo un método único de trabajo aplicable como fórmula a todo lo que haga, salvo el concepto de un dramaturgismo basado en materiales, que pueden variar desde textos escritos, ensayos, etc., hasta imágenes, melodías, sonidos, noticias, películas o todo aquello que me parezca útil para ayudar a concretar un punto de vista desde el cual mostrar lo que se termina mostrando, junto al director o la directora de la obra. Practico un tipo de dramaturgismo que acompaña todo el proceso de ensayos y luego, todas las funciones que la obra tenga.

A prática do dramaturg

15 de julho de 2008 Estudos

Artigo publicado originalmente em 1999 no Folhetim nº 3

De tudo o que se tem dito e escrito sobre a figura do dramaturg – e não é muito – o que mais me chama a atenção é a ênfase no que se convencionou designar como o caráter transitório da função: afirma-se que um dramaturg acaba sempre por encontrar seu próprio destino, vindo a realizar-se como diretor, autor dramático ou crítico teatral.

A dificuldade de perceber a especificidade do trabalho do dramaturg deriva, por um lado, do aspecto multi-disciplinar de sua atividade e, por outro, do caráter puramente abstrato que se costuma atribuir ao pensamento teórico.

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Questão de Crítica

A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

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