Caco - possível produção de memória para o espaço da casa. Foto: Divulgação.

Estar diante de um objeto artístico que é fruto da formação acadêmica nunca deixa de ser um ato judicativo, embora muitas vezes nos surpreendamos com um olhar mais complacente, já que estamos diante de jovens cavando seu espaço profissionalmente. Acredito que se abra uma espécie de possibilidade maior para os erros e fragilidades de uma obra que é construída por quem ainda está começando a se inserir no quadro profissional das artes cênicas. Como se um espaço maior para a possibilidade do erro – entendendo o uso do termo da forma mais ampla e dialética, já que, acredito, não há certo e errado na arte e sim tentativas que se sustentam e outras mais frágeis, que não suportam o peso da exposição pública – se abrisse de antemão ao nosso olhar. Fico muito feliz quando vejo um trabalho de jovens recém formados (o que se estende a toda a ficha-técnica, desde diretor, atores, figurinista, cenógrafo e produtor) que antes de “acertar o alvo” ou de fazer um trabalho que se pretende “acabado” experimenta suas novas formas de criação teatral, evidenciando uma postura artística e uma forma singular de fazer teatro.