Tradução de Paulo Aureliano da Mata
Revisão de Tales Frey

“Ensinar a alma a viver sua vida, não a salvá-la… converter-se em filho de seus próprios acontecimentos… Ser digno do que se sucede… Extrair de um acontecimento, por menor que seja, algo alegre, amoroso, um fulgor, um encontro, uma velocidade, um devir, justamente o contrário de se fazer um drama ou uma história… Atravessar o horizonte, entrar em outra vida… compreender que os que haviam sobrevivido eram os que haviam realizado uma verdadeira ruptura… a experimentação, por si só, é a nossa única identidade, a única possibilidade para todas as combinações que nos habitam… há que se perder a própria identidade, o rosto… ser capaz de amar sem recordação e sem interpretar… experimentação-vida… experimentar, jamais interpretar… desaparecer, devir desconhecido…”
Gilles Deleuze