Estudos

A prática do etiud no “sistema” de Stanislavski

31 de agosto de 2015 Estudos

Vol. VIII, nº 65, agosto de 2015

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Resumo: O artigo aborda a prática do etiud como meio pedagógico fundamental, considerando sua relação estreita com o Método de Análise Ativa, tanto para o conhecimento prático do “sistema” de Stanislavski quanto para a própria criação artística. A prática do etiud, que pode ser traduzido como estudo, constitui um exercício de investigação da ação que envolve o aparato psicofísico do ator em sua totalidade física, mental e emocional. O etiud, como “núcleo criativo”, possibilita o aperfeiçoamento do trabalho do ator ao acionar todos os elementos do “sistema” para a realização da ação.

Palavras-chave: etiud, Método de Análise Ativa, sistema, Constantin Stanislavski

Resumen: El artículo aborda la práctica del etiud como medio pedagógico fundamental, llevando en cuenta su estrecha relación con el Método de Análisis Activo, tanto para el conocimiento práctico del “sistema” de Stanislavski cuanto para la propia creación artística. La práctica del etiud, que puede ser traducido como estudio, constituye el ejercicio de investigación de la acción que envuelve el arato psicofísico del actor en su totalidad física, mental y emocional. El etiud, como “núcleo creativo”, posibilita el perfeccionamiento del trabajo del actor al accionar todos los elementos del “sistema” para la realización del actor.

Palabras clave: etiud, Método del Análisis Activo, sistema, Constantin Stanislavski

 

A prática do etiud[1] consiste na investigação artístico-pedagógica, por meio do trabalho ativo e criativo do ator, que concretiza cenicamente o Método de Análise Ativa, metodologia desenvolvida nos últimos anos de vida de Constantin Stanislavski. Em sua essência, como pedagogia teatral, a prática do etiud objetiva a educação/formação do ator pelo aprimoramento em “si mesmo” dos elementos do “sistema” de Stanislavski.

Tensões entre teatro e cinema: notas a partir da MITsp e de experiências de infância

31 de agosto de 2015 Estudos

Vol. VIII, nº 65, agosto de 2015

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Resumo: A partir da análise de quatro espetáculos apresentados na MITsp 2015 – Woyzeck; Senhorita Julia, Julia e E se Elas Fossem para Moscou? –, a autora analisa relações entre teatro e audiovisual, considerando as tensões entre presença e ausência, corporificação e desincorporação, territorialização e desterritorialização, tempo real e tempo ficcional, passado e presente. Na segunda parte do artigo, investiga outras relações possíveis entre cinema e teatro pela perspectiva das diferentes experiências propiciadas ao espectador.

Palavras-chave: Teatro, cinema, infância, convívio, tecnovívio

Resumen: Con base en el analisis de cuatro piezas presentadas en MITsp 2015 – Woyzeck; Miss Julie, Julia e E se Elas Fossem para Moscou? – la autora del articulo analisa relaciones entre teatro y audiovisual, teniendo em cuenta las tensiones entre presencia e ausencia, corporificación e desincorporación, territorialización y desterritorialización, tempo real y ficcional, pasado e presente. Em la segunda parte del articulo, investiga otras relaciones posibles entre el cine y el teatro desde la perspectiva de las diferentes experiencias que ofrecen al espectador.

Palabras-clave: Teatro, cine, infancia, convivio, tecnovivio

 

  1. Quatro cenários para corpos, tempos e espaços ambivalentes

Primeiro cenário: enquanto os atores ocupam nichos transparentes, como aquários, no nível do palco, três telões no alto e ao fundo exibem imagens praticamente iguais às que ocorrem ao vivo, exceto por algum detalhe, alguma mudança no espaço revelada pelo enquadramento.

Segundo cenário: a grande tela em suspenso no alto exibe o filme que está sendo produzido ao vivo pelos atores e técnicos no palco.

Terceiro cenário: por uma porta aberta, vemos os atores contracenarem diante de uma câmera, enquanto a imagem nos é dada por completo (?) no telão ao lado.

Quarto cenário: as atrizes representam entre câmeras uma situação convivial com o público, enquanto na sala ao lado outra plateia assiste à mesma representação cujas imagens são montadas como um filme.

O Narrador – sentido da criação e seu endereçamento ao outro

31 de agosto de 2015 Estudos

Vol. VIII, nº 65, agosto de 2015

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Resumo: O texto é uma análise da performance O Narrador da Companhia Inominável, dirigida por Diogo Liberano. A perspectiva crítica procura discutir as possibilidades de transmissibilidade que o constituem em interlocução com algumas proposições do narrador e o declínio da experiência segundo Walter Benjamim.

Palavras-chave: Walter Benjamin, O Narrador, Aura, Declínio da Experiência, Companhia Inominável

Abstract: This article is an analysis of the performance of O Narrador da Companhia Inominável, directed by Diogo Liberano. The critical perspective discusses the transferability of possibilities that are in dialogue with some propositions of the narrator and the decline according to Walter Benjamin experience.

Keywords: Walter Benjamin, O Narrador, Aura, Experience Decline, Companhia Inominável

 

A morte é a sanção de tudo o que o narrador pode contar. É da morte que ele deriva sua autoridade. Em outras palavras: suas histórias remetem à história natural (BENJAMIN, 1994, pg. 208)

O Narrador, performance da Companhia Inominável com atuação de Diogo Liberano apresentada no mês de maio no Sesc Copacabana e que rumou em temporada para São Paulo, é inspirada no texto “O narrador. Considerações sobre a obra de Nickolai Leskov” de Walter Benjamin escrito em 1936. Traçando questões que aparecem como temática fundamental para Benjamin em outros textos, o ensaio desdobra uma série de argumentos sobre a impossibilidade da noção tradicional de transmissão da experiência na modernidade. Se pudermos aqui fazer parte daqueles que percebem na temática benjaminiana sobre a experiência, ou de seu olhar melancólico sobre a experiência, menos um desejo de restituir um tempo perdido e mais a investigação de novas maneiras de transmissibilidade que advêm com as transformações dos modos de produção, investigaremos a performance O Narrador por uma perspectiva que alinhava possíveis relações entre narração, a criação e a destruição como gesto de endereçamento ao outro.

Manifesto da recepção artística pela busca do direito de ser espectador

31 de agosto de 2015 Estudos

Vol. VIII, nº 65, agosto de 2015

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Resumo: O artigo analisa o juízo estético de um espectador comum feito por meio de uma carta de uma sócia de um clube de espectadores criado pelo Espaço Cultural Escola Sesc em Jacarepaguá no Rio de Janeiro. Por meio desse artigo busca-se expor a reflexão sobre a importância da crítica de um espectador não especializado e como a análise de um objeto artístico colabora para a formação de subjetividade e de cidadania

Palavras-chaves: espectador, crítica, cidadania, clube, cultura

Resumen: El artículo analiza el juico estético de un espectador común hecho por medio de una carta de una socia de un club de espectadores creado por lo Espaço Cultural Escola Sesc enJacarepaguá en Rio de Janeiro. Por medio de ese artículo busca-se exponer la reflexión acerca de la importancia de la crítica de un espectador no especializado y como el análisis de un objeto artístico colabora para la formación de subjetividad y de ciudadanía.

Palabras clave: espectador, crítica, ciudadanía, club, cultura

 

No dia 10 de maio de 2013 a senhora Regina Lucia, sócia do Clube de Espectadores desde 21 de novembro de 2010, endereçou um arquivo por e-mail aos responsáveis pelo projeto “Palco Giratório da Escola Sesc de Ensino Médio” com o título “Carta ao Sesc Ensino Médio”. O Clube de Espectadores é um projeto realizado desde 2008 pelo Espaço Cultural Escola Sesc, localizado na Escola Sesc de Ensino Médio em Jacarepaguá, Rio de Janeiro que surge como uma tática para a formação de publico a partir de ações que visam políticas culturais com o objetivo de dar a todos o acesso à uma programação cultural de qualidade.

O oráculo dobrado em Macbeth: presente/futuro, história/sobrenatural

27 de maio de 2015 Estudos

Vol. VIII nº64, maio de 2015.

Resumo: O artigo pretende analisar a tragédia Macbeth, de William Shakespeare, refletindo sobre o significado ambíguo e metalinguístico da fala oracular das bruxas, interpretando o sentido de história e de narrativa que essas figuras sobrenaturais constroem em Macbeth. Para isso, refletiremos sobre a temporalidade e as imagens que essa tragédia dá a ver a fim de entender as categorias presente/futuro, história/sobrenatural, nessa obra.

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Questão de Crítica

A Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais – foi lançada no Rio de Janeiro em março de 2008 como um espaço de reflexão sobre as artes cênicas que tem por objetivo colocar em prática o exercício da crítica. Atualmente com quatro edições por ano, a Questão de Crítica se apresenta como um mecanismo de fomento à discussão teórica sobre teatro e como um lugar de intercâmbio entre artistas e espectadores, proporcionando uma convivência de ideias num espaço de livre acesso.

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